Trabalhadores da Votorantim Cimentos planejam fechar a fábrica em Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), a partir das 0h de quarta-feira (5). Eles entraram em estado de greve nesta quinta-feira (30) após recusar proposta de reajuste da empresa. As negociações entre a empresa e o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Cal, Cimento e Gesso devem continuar nos próximos dias e uma definição sobre a paralisação só deve ser tomada na próxima terça-feira (4).
Pode haver prejuízo ao abastecimento do mercado caso a fábrica de Rio Branco do Sul interrompa a produção, segundo o sindicato. Para o vice-presidente técnico do sindicato das empresas da construção civil, o Sinduscon-PR, Euclésio Finatti, a paralisação poderia impactar mais o mercado do Sul do país, para onde é destinado a maior parte do cimento da fábrica. Ainda assim, ele minimiza os possíveis danos de uma paralisação. "Por ser uma gigante, a Votorantim tem logística de abastecimento para suprir o mercado por algum tempo, assim como os fornecedores", afirma.
Em nota, a Votarantim afirma que "sempre esteve aberta a negociações" e que "preza por manter um relacionamento sindical produtivo e de parceria com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Cal, Cimento e Gesso de Rio Branco do Sul (PR)". A Votorantim detém a maior fatia do mercado de cimento na área da construção civil, com 27 unidades ligadas ao cimento no Brasil.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Cal, Cimento e Gesso de Rio Branco do Sul, 750 funcionários da fábrica e outros 1,2 do escritório da empresa em Curitiba devem integrar o movimento. A empresa ofereceu 6% de reajuste aos funcionários, que rejeitou a proposta por considerarem abaixo o aumento real de 0,4%. Eles também pedem reajustes maiores na verba de alimentação e nos auxílios para farmácia e material escolar.
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