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Pelo menos 250 trabalhadores da empresa TMT Motoco do Brasil, instalada na cidade de Campo Largo, região metropolitana de Curitiba, fizeram uma manifestação em defesa dos seus empregos nesta quinta-feira. A maioria dos funcionários está em licença remunerada desde o início da semana e na próxima segunda-feira eles entram em férias coletivas por 20 dias para aguardar notícias dos advogados da empresa.

A TMT é a maior empregadora do município e está tentando renegociar suas dívidas com cinco bancos (Bradesco, HSBC, Itaú, Unibanco e Alfa) – que representam aproximadamente R$ 200 milhões de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba (SMC). Uma passeata foi organizada pelos trabalhadores que foram até o Fórum de Campo Largo, fizeram um minuto de silêncio e cantaram o hino nacional.

O sindicato da categoria estaria tentando conversar diretamente com o Unibanco, que havia se negado a renegociar a dívida. "Conversamos com os trabalhadores e orientamos para que aguardassem as conversas que temos tido com o governo e o jurídico da empresa. Temos informações de que eles estariam entrando em processo de falência, mas eles negam. O governo finalmente conseguiu intermediar um acordo com o Unibanco, mas para nossa surpresa a empresa praticamente obrigou os trabalhadores a organizarem esse protesto e nem deu bola para a abertura que o banco deu para renegociar", disse o diretor Núncio Mannala.

A empresa garante, por intermédio da sua assessoria, que "em momento algum coagiu funcionários a participarem do protesto. A adesão dos trabalhadores foi de livre e espontânea vontade e os diretores só ficaram sabendo da passeata durante a realização da mesma".

Atual panorama

De acordo com o recurso apresentado ao Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), e que foi negado na quarta-feira, a empresa estaria em situação delicada e sequer poderia pagar os salários dos funcionários. Depois do recurso negado, a assessoria de imprensa da TMT tenta passar tranqüilidade aos trabalhadores.

"As contas continuam bloqueadas e não houve nenhuma mudança. Os diretores foram para São Paulo, onde estão nossos advogados, para encontrar novos caminhos e tomar outras medidas para negociar com os bancos". Ainda segundo a assessoria, os cinco bancos, inclusive os dois que não queriam negociar – Alfa e Unibanco – entraram em contato com a empresa nesta quinta-feira e demonstraram interesse em reabrir as negociações.

Na próxima segunda-feira os trabalhadores entram em férias coletivas e os diretores da empresa devem convocar uma entrevista coletiva para anunciar um possível acordo de renegociação das dívidas. "Não estamos demitindo ninguém e o assunto ‘falência’ sequer foi cogitado", concluiu a assessoria de imprensa da TMT.

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