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Confira algumas das principais operações que ocorreram no Paraná em 2011

Janeiro – Compra da Café Damasco, líder no mercado de cafés na Região Sul, pela norte-americana Sara Lee, por cerca de R$ 100 milhões. Também no mês de Janeiro, a BR Malls ampliou sua participação no shopping Crystal para 70% e no shopping Curitiba, para 49%.

Março/Abril – Aquisição da Cavo Serviços de Saneamento, responsável pela coleta do lixo de Curitiba, pela paulista Estre Ambiental, por R$ 610 milhões.

Junho – Conclusão da compra de 43% da JMalucelli Participações em Seguros e resseguros S.A pela norte-americana Travelers Companies.

Julho – Compra da Energias do Paraná Ltda (Enerpar), subsidiária do Grupo Norske Skog, pela norueguesa SN Power, por R$ 120 milhões.

Agosto – Aquisição pela BR Malls de 70% da Alvear Participações, que detém participação em quatro shoppings do interior do Paraná (93% do Catuaí Shopping Londrina, 100% do Catuaí Shopping Maringá, 100% do Shopping Londrina Norte e 97% do terreno para construção do Catuaí Shopping Cascavel). A operação foi de R$ 791,7 milhões.

Dezembro – Compra da Universidade Norte do Paraná (Unopar) pela Kroton Educacional, por R$ 1,3 bilhão.

Fonte: Redação.

Assim como no Brasil, o ano de 2011 foi bom para fusões e aquisições no Paraná. Um levantamento da KPMG, consultoria que acompanha esse tipo de movimentação no mercado desde a década de 1990, mostra que o nú­­mero total dessas operações cresceu 74,5% no estado (de 51 para 89), de 2010 para 2011, e 37% entre os negócios feitos com empresas com a sede instalada no Paraná.

Segundo o coordenador da pesquisa, Luis Motta, sócio da área de Fusões e Aquisições da KPMG no Brasil, a participação do Paraná em fusões e aquisições vem se intensificando. "Isso vem ocorrendo primeiro porque é uma tendência nacional e o Paraná se destaca naturalmente por ser uma das principais economias do país. Nas operações há uma preferência muito clara pelas regiões Su­­deste e Sul do país, tanto em relação às empresas nacionais quanto às estrangeiras."

Jaime Cervatti, COO (chief operating officer) da KPMG no Brasil e sócio responsável pelo escritório de Curitiba da firma, diz também que há uma percepção no mercado de que a governança corporativa nas empresas paranaenses melhorou, algo que aconteceu com a maior profissionalização, mesmo entre as empresas de tradição familiar. "Isso está trazendo um nível de transparência e qualidade de informação maior às empresas do estado, quesito fundamental para a realização de operações de fusões e aquisições."

Entre as 37 empresas sediadas no Paraná que foram negociadas, o setor com maior número de operações foi o de teleco­­­mu­nicação e mídia, que anotou cinco negócios. Outros segmentos com negociações foram os de transportes (4); TI (3); educação (3); seguros (3); açúcar e etanol (2); shopping centers (2); fer­tilizantes (2); papel e madeira (2); imobi­liário (1); energia (1); pu­­blicidade (1); mineração (1); quí­­mica e farma­­­cêutica (1); pro­­­dutos de enge­­­nharia (1); comida, bebida e tabaco (1); autopeças (1); ser­­viços portuários e aero­­­portuários (1); e outros (2). Pela força das cooperativas agroindustriais no estado, Cervatti acredita que a área de Alimentos deve sobressair ao longo dos próximos anos no número de fusões e aquisições.

Investimento

Outro dado relevante do le­­van­­tamento mostra que as em­­presas paranaenses não só estão atraindo investidores, mas investindo. Em 2011 foram observadas 12 aquisições realizadas por empresas do estado, mesmo patamar observado em 2010.

Do total geral de transações, 50 envolveram negócios domésticos – empresas brasileiras adquirindo uma companhia nacional – e outros 31 negócios foram de empresas de capital estrangeiro adquirindo, de brasileiros, empresa de capital brasileiro estabelecida no país.

Perspectivas

Para Motta, o resultado recorde de 2011 no país como um todo no número de compras e fusões de empresas se deu por causa de um clima otimista ainda anterior à crise europeia. "Esses negócios demoram, no mínimo, seis meses para se concretizar. As operações finalizadas em 2011, portanto, foram iniciadas em um cenário mais otimista. O Brasil deve manter um bom ritmo de operações por conta da imagem estável e de bom porto para investimentos que conquistou, mas 2012 não deve ser um novo ano de recordes", prevê.

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