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A organização não-governamental Transparência Brasil contestou nesta terça-feira a pesquisa da organização co-irmã Transparência Internacional que coloca o Brasil entre os países exportadores cujas empresas estão mais propensas a pagar propina em negócios no exterior.

Em nota distribuída à imprensa, a Transparência Brasil questionou a metodologia e a amostragem do "Índice de Pagadores de Propina", que tem por base a opinião de cerca de oito mil entrevistados em 125 países.

No índice de 30 países, o Brasil aparece em oitavo lugar entre os mais corruptores. O pior índice é o da Índia, seguido pelos índices da China, da Rússia e da Turquia. Segundo a Transparência Brasil, as perguntas formuladas pela organização internacional à qual está associada podem levar a respostas induzidas.

"Isso levanta a suspeita de que os respondentes não tenham oferecido respostas com base em sua experiência, mas a partir de opiniões que alimentem", diz a nota da Ong brasileira.

"Devido a esse e aos seus diversos outros defeitos, o Índice deve ser tomado mais como reflexo dessas opiniões do que como uma medida objetiva a respeito do fenômeno da corrupção transnacional", ressalta a nota.

A Transparência Brasil também qualificou de "gratuita, desinformada e irresponsável" a manifestação da diretora para as Américas da Transparência Internacional, Silke Pfeiffer, que fez críticas ao Brasil. Em entrevista à imprensa, Pfeiffer disse que as autoridades brasileiras não têm conseguido exigir que as empresas nacionais respeitem a lei internacional antipropina quando fazem negócios no exterior.

A Transparência Brasil observa, no entanto, que desde a adoção da Convenção Internacional Antipropina, pouquíssimas denúncias foram feitas no mundo envolvendo empresas exportadoras.

"Um dos raros exemplos veio exatamente do Brasil, cujo Ministério Público Federal abriu sindicância sobre empresas brasileiras mencionadas no relatório Volcker, referente à corrupção no programa Petróleo por Comida da ONU" diz a nota.

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