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Crise

Treinamento, obstáculo para a medida

Empresas paulistas que iniciaram a suspensão temporária do contrato do trabalho na semana passada enfrentam dificuldades para colocar a medida em prática. Pelo menos três delas tiveram entraves burocráticos no Ministério do Trabalho e Emprego e no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

A suspensão do contrato de trabalho requer que os funcionários sejam matriculados em cursos de qualificação por dois a cinco meses, período em que os trabalhadores recebem uma bolsa com recursos do FAT. As empresas ficam livres dos impostos, mas pagam benefícios e se comprometem a não demitir os funcionários por três meses.

No interior de São Paulo, o Grupo Ruette, do setor sucroalcooleiro, só conseguiu receber a bolsa depois de certo esforço. "No início, a superintendência do ministério disse que os recursos do FAT estavam suspensos por causa de uma reformulação do governo", diz a gerente de recursos humanos Josiane Prudêncio. A liberação dos recursos veio na terça-feira.

Na capital paulista, duas indústrias de autopeças também tiveram dificuldades para conseguir 150 das 100 mil vagas gratuitas oferecidas pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) para acordos entre trabalhadores e empresas. A Indebrás consultou dois Senais da Grande São Paulo, que não sabiam da existência das vagas gratuitas. Problema idêntico ocorreu com a Basso Componentes Automotivos, que aprovou na segunda-feira acordo coletivo para a suspensão de contrato.

Segundo o Senai, a rapidez da mudança feita na instituição para oferecer os cursos acarretou o problema. "Algumas de nossas centenas de escolas, em período de férias, ainda não estavam informadas dos procedimentos", informou, por meio de nota.

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