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O Brasil está seguindo o receituário do Banco de Compen­sações Internacionais (BIS) para lidar com a inflação ao adotar medidas macroprudenciais, elevação de juros e corte de gastos. Mas o porta-voz do grupo, Jean Claude Trichet, prefere não se comprometer e aponta que não irá julgar se as medidas no Brasil estão ou não dando resultados.

A avaliação dos BCs é de que a pressão nos preços e um eventual superaquecimento das economias emergentes deve ser freada com uma combinação de políticas. As prioridades seriam o corte de gastos e a elevação de taxas de juros. Mas Trichet afirma que os instrumentos para lidar com a inflação não devem parar por aí. "Depois de ter certeza de que a política monetária está certa e de que a política fiscal e macroeconômica estão corretas, possivelmente medidas macroprudenciais são necessárias", disse.

Teto da meta

Na semana passada, a inflação no Brasil ficou acima da meta de 6,5% e o próprio governo admite que ela somente cairá para o centro da meta, de 4,5%, em 2012. Por causa disso, o governo continuará a elevar juros e espera que os cortes nos gastos no valor de R$ 50 bilhões comecem a dar resultados.

Uma série de restrições ao crédito e medidas no cartão de crédito também começam a ser adotadas no país. Trichet confirmou que o Brasil, assim como outros governos, está adotando o receituário de combinar "políticas monetárias sábias" com "elementos de restrição fiscal e macroprudenciais". "Mas não cabe a mim fazer o julgamento [se o Brasil seria um modelo de atuação]", completou Trichet.

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