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No embalo do crédito e do aumento do emprego, o setor de turismo de­­ve crescer o dobro da economia em 2010. Uma projeção feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) estima que os negócios ligados ao turismo cresçam 14,6% em 2010 – diante de um avanço de 7% previsto para o Produto Interno Bruto (PIB) nacional.

Os segmentos que projetam os maiores acréscimos nos volumes de negócios são empresas aéreas (21,2%), operadoras de viagem (18,3%), turismo receptivo, que inclui bares e restaurantes (17,9%) e locadoras de automóveis (15%).

Segundo Karine Fernandes, gerente da loja da CVC Turismo no shopping Estação, a classe C é que está puxando esse movimento. Na agência, 80% das vendas de pacotes nacionais são para famílias nessa faixa de renda. De acordo com ela, enquanto as classes A e B preferem os destinos internacionais, para a nova classe média o lugar preferido de férias são as praias do Nordeste. A maior parte dos pacotes, que custam em média R$ 2 mil por pessoa, é parcelada no boleto bancário, em dez vezes.

Mais acessíveis

O aumento da concorrência entre as companhias aéreas e a redução dos preços das passagens contribuíram para que os pacotes ficassem mais acessíveis, de acordo com An­­drea Sutil, da área de marketing da Sidney Câmbio e Turismo, do shopping Curitiba. "Há casos em que a passagem área custava R$ 700 só de ida. E hoje essa mesma passagem, de ida e volta, sai por R$ 500", afirma. Na agência, as vendas de pacotes para esse público estão 25% maiores que em 2009.

Os cruzeiros marítimos, por exemplo, deixaram de ser programa exclusivo para as classes A e B. Cruzeiros temáticos ou com a participação de artistas são muito procurados pela nova classe média. "Há muita oferta nesse segmento, em que o acompanhante paga 50%, ou até mesmo não paga nada. A procura é muito grande" diz Andrea. Buenos Aires, por não necessitar de visto e pelo preço muitas vezes equivalente a de alguns destinos nacionais, é outro destino muito procurado.

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