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Mervyn King recusou-se a dar entrevista. Mas pessoas que trabalham com ele o descrevem como um pensador inovador, um homem agradável e charmoso, mas que também pode se tornar assertivo e combativo quando desafiado intelectualmente. "Mervyn não foi agraciado com dúvidas sobre o próprio talento", diz Michael Foot, presidente da empresa de consultoria Promontory Financial Group, de Londres, e ex-executivo do Banco da Inglaterra.

Mas o acúmulo de pressões parece que o está afetando. Seu discurso de janeiro, embora com todas as características peculiares da fala de um verdadeiro rei – King começou e terminou com citações de Anna Karenina, de Tolstoi –, foi interpretado por muitos analistas como atipicamente agressivo, e não como uma análise ponderada da economia britânica.

"Há o equívoco, por parte de certos setores, de achar que o comitê de política monetária poderia ter evitado um aperto no padrão de vida, aumentando as taxas de juros durante o ano passado para trazer a inflação abaixo de seu nível atual", afirmou King no discurso. "Essa visão demonstra falta de compreensão sobre como funciona a política monetária", continuou.

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