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Curitiba – Empresários que pensam em iniciar um novo negócio ou em mudar de atividade costumam ter duas perguntas básicas em mente: Que tipo de empresa abrir? E onde? A resposta pode estar nas proximidades de shoppings, universidades, parques, hospitais, praças e terminais de ônibus – locais que costumam impulsionar a economia da rua e do bairro onde estão instalados. Para descobrir quais são as oportunidades de negócio existentes no entorno de alguns desses chamados "empreendimentos-âncora", equipes do Sebrae/PR fizeram uma intensa pesquisa, durante dez meses, em cinco cidades paranaenses: Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel e Pato Branco. Os resultados foram apresentados ontem, na capital.

A partir de cada empreendimento-âncora, foram mapeadas as características sócio-econômicas da região, como densidade populacional, escolaridade e renda dos moradores. Cerca de 1,4 mil empresários foram entrevistados, o que levantou dados sobre 1,6 mil estabelecimentos já existentes. O cruzamento das informações permitiu estabelecer qual é o "comportamento típico" da vizinhança – e descobrir quais os "espaços vazios", ou seja, as demandas não suficientemente atendidas. Nas proximidades dos 56 empreendimentos-âncora analisados no estado, o Sebrae encontrou 356 oportunidades.

O consultor Ricardo Dellaméa conta que, entre as diversas sugestões para o Ecoville, bairro curitibano de classe média alta, estão a instalação de farmácias com drive-thru, padarias sofisticadas e até mesmo serviços de passeio para cães. Já o terminal de ônibus do Pinheirinho, no extremo sul de Curitiba, tem espaço para sapatarias, lojas de bijuterias e panificadoras. Pelo mesmo sistema, o empresário também pode descobrir quais são os "micos". Se, no mapa criado pelo Sebrae, um bairro tiver 15 farmácias e outros bairros de perfil semelhante tiverem 8, em média, é sinal de que não há mais espaço.

A gerente do escritório do Sebrae de Curitiba, Rosângela Angonese, acentuou que o sistema "não faz milagres" – é, na verdade, uma ferramenta a mais para que o futuro empreendedor diminua o risco de erro. "Temos um programa de orientação, no qual o próprio empreendedor aprende a coletar informações e a planejar o negócio", diz Rosângela. "O problema é que, normalmente, as pessoas abrem a empresa e só depois vão estudar sua viabilidade."

A expectativa do Sebrae é de que o estudo ajude a reduzir a mortalidade das empresas. Em média, a metade quebra antes de completar um ano, índice que pode cair para 20% se o empresário for bem assessorado. Todas as informações foram reunidas em programa de computador que pode ser visualizado pelo futuro empresário, com auxílio de um consultor. O serviço está disponível somente nos escritórios do Sebrae, e será gratuito por um mês. Os interessados devem marcar atendimento pelo telefone (41) 3330-5800 ou pelo site www.sebraepr.com.br. O escritório de Curitiba atende, mensalmente, cerca de 3 mil empresários.

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