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R$ 500 milhões serão liberados pelo governo para garantir preço mínimo ao milho, mas ainda não há leilões agendados. O país precisa exportar 21 milhões de toneladas de milho, segundo a Conab, para que os estoques não subam tanto. Porém, os embarques demoram para engrenar e somam 5,9 milhões de toneladas.

O Brasil começa a colher uma safra de trigo 36% maior que a do ano passado, com previsão de 7,5 milhões de toneladas. Esse recorde faz "sobrar" cereal em todo o Sul, região que concentra 95% da produção do país. Os números de safra, consumo, exportações e estoques saíram ontem em levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que abrange 15 grãos. O documento sustenta que a colheita do trigo será 100 mil toneladas maior do que se previa um mês atrás, o que agrava a estimativa de que os moinhos sulistas não terão como absorver pelo menos 500 mil toneladas do produto.

Estão saindo do campo 2 milhões de toneladas de trigo a mais do que em 2013, salto comparado apenas ao registrado na soja. Os preços já caíram 24% e estão em R$ 35 por saca no Paraná, principal produtor nacional. Se a cotação cair mais R$ 1,50, será necessária intervenção do governo para garantia dos preços mínimos, como já vem ocorrendo também com milho e feijão.

O quadro é reflexo de uma safra geral de 193,47 milhões de toneladas em 2013/14 – 2,6% maior que a do período anterior. Houve avanço em 11 dos 15 principais grãos cultivados no país, aponta a Conab. No caso do trigo, o consumo é 60% maior que a produção, mas Norte e Nordeste do país conseguem importar grãos da Argentina e dos Estados Unidos com custo menor.

"O trigo certamente terá preço abaixo do mínimo [R$ 33,45/sc], mas o governo não tem como comprar toda essa produção extra do Sul", frisa o analista Luiz Carlos Pacheco, especialista em triticultura.

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