Pressionada pelo governo, a Vale anunciou nesta segunda-feira (19) que vai investir 24,5 bilhões de reais (US$12,9 bilhões) em 2010, acima dos 9 bilhões de dólares de 2008 mas inferior aos 14,2 bilhões de dólares previstos para este ano antes da crise.

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Segundo o presidente da Vale, Roger Agnelli, desse total 31 por cento serão investidos na área de não-ferrosos; 30 por cento na área de ferrosos; 21 por cento em logística e 3 por cento em siderurgia, destacou, sem informar os demais percentuais.

"Este é o maior investimento no Brasil já realizado por uma empresa privada", disse Agnelli a jornalistas após encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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"Com os investimentos a produção até 2014 será de 450 milhões de toneladas de minério de ferro contra 350 (milhões de toneladas) este ano", acrescentou o executivo.

Agnelli foi encontrar os jornalistas acompanhado dos controladores da Vale Sergio Rosa, da Previ, fundo de pensão do Banco do Brasil; João Moisés de Oliveira, da Bradespar; Oscar Camargo, da Mitsui; e Luciano Coutinho, do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O governo brasileiro, detentor de ações na mineradora, tem pressionado a empresa para investir mais no Brasil, principalmente no setor siderúrgico, para agregar valor ao minério de ferro.

A pressão do governo começou após a empresa anunciar demissões e redução de investimentos por conta da crise financeira. Em nome da crise, a Vale demitiu 1.900 empregados desde o ano passado e diminuiu em 5 bilhões de dólares o investimento de 2009, previsto inicialmente em 14,2 bilhões de dólares mas resumido a 9 bilhões de dólares.

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