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Mercado

Vale perde mais de 3% e puxa Bolsa brasileira para baixo; dólar cai

As ações da mineradora Vale e das siderúrgicas fecharam em baixa nesta quarta-feira (05/3), refletindo preocupações de investidores com a China, e puxaram para baixo a Bolsa brasileira, que voltou a funcionar após o feriado de Carnaval.

O Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro, fechou com baixa de 1,07%, para 46.589 pontos. Os papéis preferenciais da Vale, os mais negociados, fecharam com baixa de 3,37%, para R$ 28,11. Os ordinários, com direito a voto, caíram 3,48%, para R$ 31,85.

"Os investidores viram dados sobre o preço do minério de ferro, que atingiu o menor valor desde junho do ano passado, e a divulgação de meta de crescimento da China, de 7,5% do PIB (Produto Interno Bruto), enquanto o mercado esperava um pouco mais", afirma André Moraes, analista da corretora Rico.com.vc.

A capacidade da China de continuar a crescer de modo acelerado é importante porque ela vem sendo o motor da economia global nos últimos anos. Seu papel pode ficar ainda mais importante neste ano, com os emergentes sofrendo os efeitos da retirada de estímulos pelo BC dos EUA, iniciada no fim de 2013.

Já os preços do minério de ferro no mercado asiático atingiram o nível mais baixo desde o final de junho, pressionados pela lenta demanda do seu maior consumidor global, a China.

O minério de ferro recuou mais de 6% desde meados de fevereiro. A queda no preço ocorre em um momento em que a China promete cortar o excesso de capacidade industrial para combater a poluição, o que pode reduzir a capacidade de produção de aço, colocando pressão no mercado.

O índice de referência do minério com 62% de ferro para entrega imediata na China teve leve queda de US$ 0,10 hoje na comparação com o dia anterior, atingindo US$ 116,70 a tonelada, de acordo com dados da Steel Index. Foi o menor nível desde 28 de junho, com o preço caindo mais de 13% este ano.

A China é o principal destino das exportações da Vale. Os problemas no país asiático também afetam as siderúrgicas brasileiras.

De uma maneira geral, os analistas esperavam uma queda do índice nesta quarta-feira, principalmente após as fortes baixas registradas pelos mercados mundiais na segunda-feira, quando as tensões envolvendo um possível conflito armado entre Rússia e Ucrânia atingiram seu ápice.

Com a melhora no cenário internacional, acabou pesando mesmo sobre o índice nacional o fator China.

As ações da Petrobras também voltaram a bater recordes negativos. Os papéis preferenciais da petrolífera, os mais negociados, caíram 2,21%, para R$ 13,29, o menor patamar desde 26 de julho de 2005. As ações ordinárias da empresa, com direito a voto, fecharam em baixa de 2,16%, para R$ 12,71.

Dólar

No mercado cambial, o pregão foi marcado pelo baixo volume de negócios após dois dias de mercado fechado devido ao Carnaval e em meio à relativa tranquilidade nas praças financeiras globais.

O dólar fechou em baixa ante o real. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, perdeu 0,39%, para R$ 2,325. O dólar comercial, usado no comércio exterior, fechou em queda de 1,06%, para R$ 2,320.

Segundo dados da BM&F, o giro financeiro foi menos de um terço do volume diário médio de fevereiro, de US$ 1,6 bilhão.

Nesta quarta, o Banco Central não realizou leilão de contratos de swaps cambiais -equivalentes à venda futura de dólares- de sua programada atuação diária. A autoridade monetária retoma as intervenções amanhã.

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