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O diretor financeiro da Vale, Luciano Siani, disse acreditar que, apesar do crescimento menor esperado na China nos próximos anos, o preço do minério de ferro permanecerá no patamar de US$ 110 por tonelada, considerado "confortável", até o fim da década. Hoje o preço é de US$ 116,5.Ontem, foi divulgado que a expansão do país asiático no primeiro trimestre foi de 7,4%, em termos anuais, contra crescimento de 7,7% em 2012 e 2013.

"O crescimento da China nos próximos anos, embora em menor velocidade, será suficiente para absorver a a oferta nos próximos anos. Alguns produtores com maior custo, em especial chineses, serão deslocados", disse Siani, no Rio, após a assembleia de acionistas que aprovou as contas de 2013 da empresa. "Continuamos achando que esse seja um piso sustentável para a empresa até o fim da década".

A China também será responsável por ajudar a enxugar o a demanda mundial por minério de ferro elevada ao longo deste ano, apesar do esperado aumento na oferta no segundo e terceiro trimestres deste ano, por conta da maior produção das concorrentes anglo-australianas BHP e Rio Tinto no início deste ano. "Estamos confiantes de que, no médio prazo, a demanda vá crescer de forma a absorver de forma importante", disse. Para os próximos anos, Siani diz que a expectativa de médio prazo para o preço do minério, de US$ 110 por tonelada, é confortável para a empresa. Hoje o preço é de US$ 116,5.

Ação judicial

O executivo espera que o julgamento da ação em que a empresa questiona cobrança de Imposto de Renda e Contribuição sobre Lucro Líquido feitos pela Receita deve ser retomado no STJ (Superior Tribunal de Justiça) na semana que vem, uma vez que está na pauta dos julgamentos.A ação se deve a tributos cobrados em 2002 e 2013.

No fim do ano passado, a Vale aderiu ao Refis (programa de refinanciamento de débitos tributários federais) para repactuar e encerrar a cobrança relativa ao período de 2003 a 2012, no valor total de R$ 22,4 bilhões. O valor é cerca da metade do que era originalmente devido.Do total, R$ 5,97 bilhões foram pagos no ato e o restante, foi parcelado em 179 vezes, em pagamentos mensais de cerca de US$ 40 milhões.

O pagamento contribuiu para o prejuízo registrado pela Vale ao fim do 4º bimestre do ano passado, de R$ 14,8 bilhões, e o lucro de R$ 113 milhões no ano, 99% abaixo do de 2012.

Para aderir ao Refis, a empresa precisou abrir mão das ações judiciais em que questionava a cobrança nos anos em que foi feito acordo, por isso a ação relativa à cobrança de 2002 seguiu no STJ.A empresa espera que, caso obtenha uma decisão favorável no STJ na ação relativa a 2002, poderá estender seus efeitos e, assim, pleitear o recebimento dos valores pagos em relação aos anos em que houve acordo. "O acordo delimita nossas perdas. Mas não abrimos mão de nossas teses neste questionamento", disse Siani, para justificar a continuidade da ação.

Remuneração

A Vale também aprovou, na assembleia, a remuneração global de R$ 103,929 milhões, a serem pagos este ano aos conselheiros de administração e fiscal, além da diretoria executiva.

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