Vale respira após mínima desde setembro e lidera alta na Bovespa

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O mercado brasileiro de ações fechou em alta nesta quinta-feira, mas com desempenho inferior às bolsas norte-americanas. As ações da Vale, que subiram mais de 2 por cento, garantiram o avanço do Ibovespa após semanas de tendência negativa para os papéis.

O principal índice das ações brasileiras subiu 0,32 por cento, a 66.215 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 5,79 bilhões de reais.

O terremoto, o tsunami e a crise nuclear no Japão vinham assustando os mercados desde sexta-feira. Neste pregão, com uma relativa trégua das notícias negativas, houve espaço para que os investidores buscassem oportunidades após fortes quedas.

Nos Estados Unidos, o índice Standard & Poor's 500 teve alta de 1,34 por cento.

A ação ON da Vale teve a maior alta do Ibovespa, de 2,84 por cento, a 52,19 reais. O papel preferencial subiu 2,73 por cento, a 45,92 reais. Os papéis haviam acumulado queda de cerca de 15 por cento nos últimos dois meses, fechando na mínima desde setembro na quarta-feira.

"Hoje teve um ajuste. E a Vale se recupera com a visão de que não vai ser tão prejudicada com a questão do Japão", disse Pedro Galdi, analista da corretora SLW.

O Japão absorveu, em 2010, cerca de 10 por cento do total de minério de ferro e pelotas vendido pela Vale.

A ação preferencial da Petrobras, apoiada na alta de mais de 3 dólares do petróleo nos Estados Unidos, subiu 1,08 por cento, a 28,08 reais.

As ações de construção civil chegaram a subir pela manhã, mas depois perderam força, com queda de 0,72 por cento da Rossi, a 13,70 reais, e de 0,72 por cento da MRV, a 13,75 reais.

Em nota, o banco de investimento JPMorgan recomendou a compra de ações do setor, mas revisou para baixo o preço-alvo das empresas, com base na revisão de estimativas de vendas.

O banco reduziu a previsão para o preço de Cyrela no fim de 2011 de 29 a 21 reais, de Gafisa de 18 a 15 reais, de Rossi de 22 a 20 reais, de MRV de 23 a 21 reais, e de PDG de 15 a 14 reais.

A ação ordinária da Usiminas liderou as perdas, com queda de 3,79 por cento, a 27,90 reais. A ação havia disparado sexta e segunda-feira com rumores sobre uma consolidação no setor.