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São Paulo – As vendas de veículos no mercado brasileiro superaram as expectativas em dezembro último: cresceram 12,1% na comparação com novembro e 11,5% ante o mesmo período de 2005, atingindo 204,8 mil unidades. "Trata-se do melhor mês da história da indústria automobilística do país", afirma Rogélio Golfarb, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que divulgou os números ontem à tarde.

O último recorde havia sido registrado em outubro de 1997, quando foram vendidas 189 mil unidades.

No acumulado do ano passado, as vendas chegaram a 1,928 milhão de unidades – o que significa uma alta de 12,4% na comparação com 2005 e se aproxima bastante do recorde: em 1997, foram vendidos 1,93 milhão de veículos. "Podemos dizer que voltamos ao patamar de mercado de dez anos atrás", comenta Golfarb. "É um resultado bastante positivo."

Ainda não estão disponíveis os dados sobre produção e exportações de veículos referentes a dezembro de 2006.

Segundo o presidente da Anfavea, são três os principais motivos para o avanço observado: a queda das taxas de juros – entre 2005 e 2006, a Selic caiu cerca de quatro pontos porcentuais –, a estabilidade econômica e a inovação no setor.

A queda dos juros permitiu uma redução do valor das parcelas pagas nos financiamentos. "Assim, elas passaram a caber no orçamento do trabalhador. O preço final também ficou menor", explica Golfarb. Em outubro do ano passado, 35% dos veículos vendidos eram pagos à vista e 65%, a prazo, sendo 42% em mais de 36 meses e 58% em um período de tempo inferior.

"Mas de nada adianta ter uma mensalidade baixa se o consumidor não tiver certeza de que vai continuar tendo emprego. Daí a importância do período de estabilidade macroeconômica que vivemos", ressalta o executivo. "Ele sabe que pode assumir um compromisso por 36 meses ou mais."

A inovação na indústria automobilística é representada pelos carros bicombustíveis ("flex fuel"). Desde março de 2003, quando entraram no mercado, foram vendidas 2,6 milhões de unidades desse tipo; em 2006, somaram 82% de todos os veículos comercializados. A projeção da Anfavea no início do ano passado era de que as vendas aumentassem 7,5% em 2006. Para este ano, a previsão é de um crescimento de 3,8%.

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