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O varejo passou muito bem pela crise e continua com as vendas em alta |
O varejo passou muito bem pela crise e continua com as vendas em alta| Foto:

Receita sobe 17% no Pão de Açúcar

O Grupo Pão de Açúcar anunciou um aumento de 44,6% em suas vendas líquidas no quarto trimestre de 2009, quando chegaram a R$ 7,435 bilhões. A alta sobre o mesmo período de 2008 é explicada pela incorporação da rede Ponto Frio. Excluindo-se as operações do Ponto Frio, as vendas líquidas companhia no período cresceram 17,6%. No conceito "mesmas lojas", que incluem apenas as lojas com, no mínimo, 12 meses de operação e, portanto, excluem as operações do Ponto Frio, as vendas brutas cresceram 10,6% nominalmente, enquanto as vendas líquidas subiram 14,1%. Também no conceito "mesmas lojas", os produtos alimentícios apresentaram expansão em vendas brutas de 8,4% no período. Em 2009, o Grupo Pão de Açúcar registrou vendas líquidas de R$ 23,229 bilhões, o que representa um crescimento de 28,8% ante 2008. Já o faturamento bruto alcançou R$ 26,240 bilhões, alta de 25,8% em comparação ao ano anterior.

Agência Estado

Crédito para veículos sobe 12% no ano

O bom comportamento do varejo está ligado à retomada do crédito, como ocorre com o setor automotivo. Os financiamentos de veículos feitos por pessoas físicas atingiram R$ 155,9 bilhões em novembro de 2009, um crescimento de 12% em relação ao mesmo período de 2008, segundo levantamento da Associação Nacional das Em­­presas Financeiras das Montadoras (Anef).

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  • Vendas de veículos reagiram e impulsionaram o varejo

Embalado por crescimento da massa salarial, redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e câmbio favorável, o comércio varejista teve, em 2009, um desempenho melhor que o esperado no começo do ano e acumulou expansão de 5,4% de janeiro a novembro, segundo o IBGE. Em novembro, as vendas subiram 1,1% na comparação com outubro, na sétima taxa positiva consecutiva para esse indicador.No Paraná, o crescimento acumulado até novembro ficou um pouco abaixo da média nacional, em 4,8%, com um desempenho mais fraco do setor de supermercados e hipermercados. Em novembro, o comércio do estado teve uma aceleração de 3,3% sobre outubro, recuperando o fôlego perdido entre agosto e setembro. O varejo ampliado do estado, que inclui revendas de veículos e lojas de materiais de construção, teve uma alta de 16,3% em novembro, na comparação com o mesmo mês de 2008. Isso demonstra a retomada de setores que foram bastante abalados pela crise – as vendas de veículos subiram 35% e a de materiais de construção, 6,7%, ambas beneficiadas com a redução de impostos durante o ano.Para Carlos Thadeu de Freitas, economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC), o comércio "surpreendeu em 2009" e se saiu "muito melhor do que o esperado". Reagiu antes do que setores como a indústria, diz, graças a um conjunto de fatores: preços mais baixos de alimentos e importados – em boa medida por causa do dólar desvalorizado –, recuperação mais firme do crédito a partir de meados do ano passado e manutenção da renda e do emprego.Todos esses fatores, avalia, animaram consumidores e devem ter assegurado um crescimento da ordem de 6% para o varejo em 2009, patamar inferior, porém, aos 9,13% de 2008. Se tal estimativa se confirmar, terá sido o pior desempenho do setor desde 2005 (4,84%). Para 2010, Freitas acredita que o comércio "tem tudo para volta a crescer" na faixa de 9%, nível anterior à crise. "Não há nada à vista que impeça um bom desempenho. O crédito deve melhorar e a massa salarial vai crescer mais de 5%, com mais força do que em 2009."

Supermercados

Em 2009, o grande destaque nacional foi o ramo de supermercados e demais lojas de alimentos, com expansão acumulada de 8,2% até novembro. Sozinho, segundo o IBGE, o ramo correspondeu a 71% de todo o crescimento do varejo no período. Nilo Lopes de Macedo, economista do IBGE, diz que tal resultado se sustentou graças ao aumento abaixo da inflação dos preços dos alimentos ao longo de 2009. Pesou ainda o receio nas famílias de se endividarem e a opção de gastar em bens de menor valor, como alimentos e artigos de uso pessoal, vendidos por supermercados.

De outubro para novembro, as vendas de supermercados subiram 1% e impulsionaram o varejo, ao lado de móveis e eletrodomésticos (+5,9%). No acumulado do ano, o setor de móveis e eletrodomésticos registrou crescimento de 13,9%. Foi favorecido pela desoneração do IPI e, mais recentemente, pela recuperação do crédito, segundo Macedo.

Automóveis

Esses mesmos fatores, diz, alavancaram as vendas de automóveis, que subiram 37,1%. Em novembro, com a redução gradativa do benefício fiscal, aumentaram apenas 0,5% na comparação com outubro. A atividade não integra o índice de comércio por vender também no atacado e é computada no chamado "varejo ampliado".Segundo Macedo, o único setor que não reagiu ao estímulo do governo dado com a desoneração de IPI foi a construção civil – também parte do índice do varejo ampliado. Suas vendas caíram 7,4% no acumulado do ano, mas já esboçaram uma reação de outubro para novembro, com aumento de 2,7%.

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