As vendas do comércio varejista despencaram no último mês de 2014. A queda de 2,6% na passagem de novembro para dezembro foi o pior resultado já registrado pela Pesquisa Mensal de Comércio apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, houve crescimento de 2,2%, mas ainda foi o mais baixo resultado em mais de uma década.
O crédito mais caro, a inflação em alta e a redução no ritmo de crescimento da renda explicam o freio no consumo das famílias. Diante da provável persistência dessas variáveis ao longo deste ano, o varejo deve registrar em 2015 um resultado ainda mais modesto, alertam especialistas.
"O enfraquecimento do mercado de trabalho e a corrosão da renda, provocada pela inflação elevada, completam o ambiente adverso ao varejo", avaliam os analistas Rodrigo Baggi e João Morais, da Tendências Consultoria Integrada, cuja previsão de crescimento de apenas 0,4% para as vendas em 2015 será reduzida nos próximos dias.
Para Juliana Vasconcellos, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, ressaltou que 2014 foi um ano atípico, com realização da Copa do Mundo e eleições, que podem ter tido alguma influência sobre a decisão de consumo.
Ainda segundo o IBGE, a realização da campanha Black Friday pode ter levado os consumidores a anteciparem em novembro as compras de Natal, prejudicando as vendas de dezembro.
O varejo ampliado, que inclui as atividades veículos e material de construção, teve resultado ainda pior no ano, queda de 1,7%, por conta do recuo nas vendas de automóveis. Apenas cinco entre as dez atividades conseguiram aumentar o volume vendido em 2014.
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