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A Varig deverá iniciar sua nova malha de vôos no dia 25 de agosto, com 18 aviões e 2,1 mil funcionários, 400 a mais que o inicialmente previsto, segundo o presidente do Conselho de Administração da VarigLog, Marco Antônio Audi. De acordo com o executivo, nas próximas duas semanas a empresa deverá anunciar a compra de 50 aviões, possivelmente de duas fabricantes diferentes. O investimento da empresa na compra das aeronaves será de cerca de US$ 300 milhões.

Audi disse que a primeira fase da nova malha aérea da empresa incluirá vôos para Frankfurt, Buenos Aires e Caracas. No mercado doméstico, ele citou vôos para Salvador, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, além da ponte aérea Rio-São Paulo.

Enquanto isso, as concorrentes da Varig esperam que a Infraero – estatal que administra os aeroportos brasileiros – redistribua os balcões da companhia em crise. Até ontem, ao menos no aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, os espaços da Varig estavam vazios enquanto os passageiros se abarrotavam em longas filas nos balcões de outras companhias. As assessorias de imprensa da TAM e da Gol, que hoje detêm juntas 87% do mercado aéreo doméstico, informam que ainda não sabem quando nem como será feita a divisão dos espaços que a Varig não vem utilizando.

Mistério

Também é um mistério a quantidade de vôos que a Varig voltará a operar em Curitiba. A companhia tirou a cidade de sua malha de vôos no dia 20 de julho, após o leilão em que foi vendida, juntamente com todos os outros vôos domésticos com exceção da ponte aérea São Paulo-Rio de Janeiro. Até agora, a previsão da Varig é retomar, no dia 25 de agosto, vôos do Afonso Pena para Guarulhos, em São Paulo, e para o Galeão, no Rio.

Pelo menos é o que foi informado à consultora de viagens Ladylena Santos, da operadora Golden Tour, que foi ao Afonso Pena ontem. Dois passageiros que compraram passagens com ela, antes da crise começar, voltarão amanhã dos Estados Unidos e têm bilhetes da Varig para o trecho Rio de Janeiro-Curitiba. Ladylena foi ao aeroporto para tentar transferir as passagens para outra companhia, mas a Varig não faz o endosso com mais de 24 horas de antecedência. "E agora meus passageiros vão ter que se aborrecer no aeroporto, depois de uma viagem internacional", lamenta Ladylena.

A consultora conta que a supervisora da Varig no Afonso Pena confirmou que haverá, após o dia 25, vôos da Varig para São Paulo e o Rio, mas não soube dizer os horários e nem a freqüência. Por enquanto, a operadora Golden Tour não vende passagens da Varig nem para a ponte São Paulo-Rio. "A gente ouve que mesmo estes trechos estão tendo problemas de atraso e cancelamentos", conta. A gerente do Departamento Nacional da BRT Turismo, Élida Moraes, tem a mesma opinião. "Se tivesse como vender, nós venderíamos. Mas é complicado vender sem saber se o passageiro vai embarcar ou não", afirma. Élida afirma que as agências de viagens estão na torcida pela recuperação da Varig, já que com isso o preço das passagens no mercado aéreo brasileiro deve baixar. "Precisando de mais companhias, todo mundo está. Nós vendemos lazer, e é estressante estar com uma companhia que não funciona e as outras lotadas", reclama.

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