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A Varig conseguiu mais uma vitória na Justiça e derrubou a liminar que a obrigava a devolver a turbina de uma Boeing 737 à empresa americana GA Telesis Turbine. A liminar havia sido concedida no mês passado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, informou a assessoria da empresa. Nessa quarta, a empresa desviou a rota da aeronave para evitar o arresto da turbina.

Com isso, a terceira maior companhia aérea do país, líder de mercado até meados de 2003, mantém em operação 49 aeronaves da sua frota de 60 aviões. A redução da operação fez a empresa perder mercado e, segundo fontes, em abril registrou apenas 12% de participação no número de passageiros transportados, contra 19% em março.

Apesar da queda de participação, as indicações de que o governo vai tentar ajudar a companhia a evitar a falência cooperando com a implantação do seu Plano de Recuperação Judicial - inclusive com uma empréstimo de US$ 100 milhões do BNDES-, tem animado investidores a especularem com papéis da empresa.

Na quarta-feira, as ações preferenciais da companhia fecharam em alta de quase 90%. Nesta quinta-feira a alta continua e os papéis subiam quase 46%, cotadas a R$ 6,10, o maior patamar nos últimos seis anos. O número de negócios também vem surpreendendo, com 2.172 operações até o horário.

Segundo analistas, a criação de Fundos de Investimento e Participação, os Fips, que serão montados com ações da Fundação Ruben Berta, controladora da empresa com 87% do capital, também ajudavam a alta dos papéis.

"Finalmente a Fundação vai sair da gestão da empresa e isso dá mais segurança para os investidores", disse um analista que preferiu não se identificar.

Para o analista Marcelo Ribeiro, da corretora Pentágono, no entanto, a alta das ações não passa de especulação e "é um negócio bem arriscado, eu não compraria", avaliou.

O plano de recuperação prevê a separação da Varig em duas empresas, uma saudável e voltada para o mercado doméstico e outra endividada e com operações internacionais. As duas serão vendidas a investidores para pagar as dívidas de mais de R$ 7 bilhões da companhia.

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