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Tela de uma das versões de teste do Chrome OS, baseado no browser do mesmo nome: não é a cara do papai? |
Tela de uma das versões de teste do Chrome OS, baseado no browser do mesmo nome: não é a cara do papai?| Foto:

Transição

Office 2010 leva Microsoft à nuvem

Agência Estado

A Microsoft sabe que o futuro está na nuvem. Seu sistema operacional, o Windows 7, lançado no final do mês passado, já sinalizava esta mudança ao ser integrado aos serviços e aplicativos online da empresa. Nesta semana, por sua vez, uma versão beta e gratuita do Office 2010 foi disponibilizada para download. Como não poderia deixar de ser, a maior novidade de programas como Word, Excel e Power Point, é a integração com a internet.

Assim, será possível trabalhar em documentos, planilhas ou apresentações onde quer que o usuário esteja. É "o Office além do desktop", como diz Chris Bryant, gerente de produto da Microsoft, em vídeo sobre o novo pacote. Por fim, a companhia anunciou o lançamento do Azure (plataforma web para aplicativos) para 1º de janeiro. Mas é preciso ter em mente que, apesar dos passos aparentemente lentos da Microsoft, o usuário comum – e o corporativo principalmente – também é lento. Muita gente não vai, da noite para o dia, abandonar o "conforto" da Microsoft. É no hábito que reside a maior força da empresa.

Pode ser que no futuro a banda lar­­ga esteja no ar, ao alcande de to­­dos, tão disponível quanto a energia elétrica – e menos sujeita a apa­­gões, esperamos. Os esforços das empresas do setor são nesse sen­­tido e, quando esse momento chegar, é possível que boa parte das máquinas usem algo parecido com o sistema operacional Chro­­me OS, cujos primeiro detalhes foram revelados na semana passada pelo Google.

O Chrome OS baseia-se no na­­vegador de mesmo nome, lançado pelo Google no ano passado. O sistema operacional foi criado tendo os netbooks como foco principal e assumindo que o usuário estará sempre on-line. A empresa garante que ele vai funcionar off-line, mas muitas funcionalidades estarão hospedadas na internet.

Por enquanto ele só pode ser baixado por desenvolvedores, apesar de existirem versões compiladas nos principais sites de torrents. Mas o Chrome ainda não é um sistema pronto para uso, com carência de drivers de componentes e funcionamento restrito a discos de estado sólido (SSD) – semelhantes a pen drives de alta capacidade.

E é bem possível que ele continue assim, minimalista, porque não é intenção dos desenvolvedores fazer com que ele cresça de­­mais. O gerente de produto do Google, Caesar Sengupta, conta que "não é um objetivo nosso oferecer suporte a todos os tipos de drivers, apenas aos mais comuns" e que a única forma de garantir um computador compatível com o Chrome será "comprar um netbook que já venha com o sistema instalado".

Os drivers são uma necessidade que deve ser preenchida pela co­­munidade que já desenvolve em cima do código-fonte liberado. Ain­­da de acordo com Sengupta, o Chrome OS "divide uma série de componentes-base com o Android (sistema operacional Google para celulares), mas não há planos para fazê-los compatíveis". Com um início tímido, o Android conquistou mercado rapidamente. Nos Es­­­tados Unidos, ele já responde por 20% de todos os acessos à internet por smartphones. No mundo, ele está com 11%, segundo a em­­presa de publicidade móvel AdMob.

Totalmente integrado à nu­­vem, inclusive nos aplicativos, o Chrome OS deve preencher um nicho diferente de sistemas mais robustos, como o próprio Win­­dows. Sua velocidade e código-aberto podem ser os responsáveis pelo sucesso do sistema, mas isso só saberemos no lançamento oficial em 2010.

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Como funciona

Apesar dos primeiros anúncios e imagens oficiais, ainda há muita coisa incerta a respeito do Chrome OS, o aguardado sistema operacional do Google. Abaixo, algumas das coisas que se sabe sobre ele.

Boot rápido

A intenção do Google é permitir que o usuário conecte-se com a internet no mernor tempo possível a partir do momento em que ligar o computador – afinal, é na rede que estão hospedados os programas de que ele precisa. Sem tantos componentes a serem iniciados, a máquina está pronta para o uso rapidamente.

Navegação

O navegador é o ponto central do sistema. Um vídeo de apresentação explica a razão disso: o usuário passa a maior parte de seu em frente ao computador usando a internet para atividades como ler e-mails, bater papo, jogar, ler notícias e fazer compras.

Nuvem

Com o Chrome OS, o usuário poderá executar as mesmas atividades, mas nenhum dos programas está hospedado na sua própria máquina. Processadores de texto, leitores de e-mail e outros programas estarão na rede. Os arquivos do usuário também.

Aplicações

Você precisa escrever um texto? Pode usar o Google Docs. Acessar seus e-mails? Tente o Gmail. Conversar com os amigos? Para isso há o GTalk ou o Wave. Telefonar? Nos Estados Unidos já é possível usar o Google Phone. Ler livros? O Google Editions está para ser lançado. O gigante da internet pretende ter à disposição todo tipo de aplicação que possa interessar ao usuário. Dá até medo.

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