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Sede da GVT, no Centro de Curitiba: franceses ofereceram R$ 5,4 bilhões | Rogerio Teodorove/Arquivo/Gazeta do Povo
Sede da GVT, no Centro de Curitiba: franceses ofereceram R$ 5,4 bilhões| Foto: Rogerio Teodorove/Arquivo/Gazeta do Povo

Ministro quer análise sobre impacto da compra

O ministro das Comunicações, Hélio Costa, defendeu ontem uma análise detalhada da eventual compra da GVT pelo grupo francês Vivendi antes de fazer uma avaliação sobre o impacto da operação no Brasil.

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A aquisição da GVT pela gigante francesa Vivendi deve colocar a empresa paranaense em condições de igualdade com as grandes operadoras de telecomunicações do país.

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A aquisição da GVT pela gigante francesa Vivendi deve colocar a empresa paranaense em condições de igualdade com as grandes operadoras de telecomunicações do país. As perspectivas, caso a compra seja concretizada, são positivas tanto do ponto de vista do consumidor – com a oferta de novos produtos e estímulo da concorrência – quanto da valorização da própria GVT, que tem sede em Curitiba. Ontem, as ações ordinárias da companhia tiveram alta recorde de 18,59%, passando a valer R$ 43. Os papéis da GVT movimentaram o segundo maior volume da última sessão da Bovespa, R$ 367,9 milhões, atrás apenas dos ativos preferenciais da Petrobras. Ao longo da semana passada, a média de negócios diários com ações da GVT não ultrapassou R$ 30 milhões.

O anúncio de uma "oferta amigável" pelo controle da GVT foi feito na noite de terça-feira. Apesar de ter oficializado interesse em absorver 100% da empresa por R$ 5,4 bilhões, a Vivendi se dispõe a concretizar o negócio caso obtenha 51% do capital acionário. O acordo entre as duas empresas ainda é preliminar, com a proposta de compra condicionada a alguns pontos, mas analistas do mercado já enxergam nele o início dos planos de expansão da GVT em território nacional e também em novos segmentos, como televisão via internet (IPTV).

Do ponto de vista societário, os dois grupos que controlam a GVT – Swarth (de origem israelense) e Global Village Telecom (holandesa) – são praticamente desconhecidos do mercado mundial, especialmente frente aos gigantes de telecomunicações da Telefónica (Espanha), Telecom Itália e Telmex/América Móvil (México), além da brasileira Oi. A avaliação é do professor do departamento de Economia da UFPR Walter Shima. "A partir de agora, como a única empresa de telefonia fixa que está em expansão, a GVT se torna uma competidora importante para todo o mercado nacional. Ao passo em que a Oi/Brasil Telecom continua trabalhando na unificação da sua estrutura, com projetos de longo prazo", diz. "A GVT fez um movimento típico de pequeno competidor, que foi achar um parceiro com know how para crescer no mercado. Esse anúncio representa uma fusão que conseguirá fazer frente às grandes corporações que estão no mercado brasileiro".

No primeiro semestre de 2009, a Oi/BrT respondia por aproximadamente 65% da telefonia fixa do país, fatia que sobe para 90% na Região Sul. A GVT, por sua vez, atua em apenas 80 cidades, apesar de apresentar um ritmo de expansão agressivo. "Ela está se posicionando em uma situação capaz de fazer frente à própria expansão da Oi. A Vivendi é um parceiro estratégico porque já tem experiência de expansão em mercados fora da Europa, e isso lhe dará um bom potencial de crescimento no mercado brasileiro, inclusive no segmento de conteúdo, que ainda é pouco explorado", afirma Shima.

Na visão do administrador e coordenador do MBA empresarial em branding da Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), José Roberto Martins, o sucesso dos produtos de telecom gerenciados pela Vivendi no exterior – Estados Unidos, Europa e África – ainda não está garantido no Brasil. Por isso, de acordo com ele, o sucesso do negócio dependerá diretamente da inovação de produtos e serviços no mercado doméstico, associada a um bom preço. "Espera-se o uso desses recursos internacionais para o desenvolvimento de produtos locais, adequados às características do mercado brasileiro, como a grande aceitação do pré-pago, por exemplo. Temos um setor que concorre muito forte pelo preço, mas também há espaço para crescimento por meio da inovação", avalia.

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