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As concessionárias estaduais registraram vendas de 62,40 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural em novembro de 2010, o segundo maior volume do ano, o que representa crescimento de 66 1% em relação aos 37,57 milhões de metros cúbicos por dia apurados em igual período de 2009, de acordo com a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás).

A exemplo dos meses anteriores, a forte expansão na demanda pelo gás se explica pelo consumo das termelétricas, que estavam operando a plena carga em novembro de 2010. O volume recorde de 2010, e também da história do setor, é de 62,77 milhões de metros cúbicos por dia em setembro de 2010.

Os dados da Abegás mostram crescimento de 1051,3% no volume de gás consumido pelas termelétricas entre novembro de 2010 e igual mês de 2009, de 2,04 milhões de metros cúbicos por dia para 23 52 milhões de metros cúbicos por dia. O forte crescimento da demanda se explica pelo uso intenso dessas usinas para poupar os reservatórios das hidrelétricas.

Em razão do fenômeno climático La Niña, que intensificou a falta de chuvas do segundo semestre de 2010, o nível de água nos reservatórios ficou no nível mais baixo dos últimos anos. Isso levou ao Operador Nacional Sistema Elétrico (ONS) a determinar o despacho das térmicas a gás para complementar a geração de energia.

Consumo

Em menor grau, o crescimento nas vendas totais também reflete um aumento no consumo do chamado "mercado não termoelétrico", que inclui indústrias, residências, comércio, gás veicular, cogeração, entre outros. No período em questão, a demanda desses clientes aumentou 8,5%, passando 35,82 milhões de metros cúbicos por dia para 38,88 milhões de metros cúbicos por dia. Esse volume, contudo, representa uma pequena queda de 2,26% na comparação com os 39,78 milhões de metros cúbicos por dia de outubro de 2010.

No mercado não térmico, o destaque é para a expansão das vendas de gás natural no segmento industrial. As distribuidoras comercializaram 27,46 milhões de metros cúbicos por dia em novembro de 2010 para as indústrias, crescimento de 10,5% em relação aos 24,84 milhões de metros cúbicos por dia de igual intervalo de 2009. No período em questão, o consumo residencial cresceu 8,7%, para 806,2 mil metros cúbicos por dia, e as vendas para a classe comercial tiveram um ligeiro incremento de 2,1%, para 639,2 mil metros cúbicos por dia.

CogeraçãoO destaque negativo no período foi a queda de 8,9% no consumo pelo segmento de cogeração, para 2,78 milhões de metros cúbicos por dia. As distribuidoras estaduais voltaram a registrar retração nas vendas de gás natural veicular (GNV), refletindo a baixa competitividade do combustível frente ao etanol e à gasolina. Em novembro de 2010, a comercialização de GNV foi de 5 39 milhões de metros cúbicos por dia, uma diminuição de 8,1% em relação ao mesmo intervalo de 2009.

No ranking estadual de vendas, as concessionárias do Rio de Janeiro lideraram em novembro de 2010, com um volume comercializado de 20,93 milhões de metros cúbicos por dia. Em segundo lugar, veio o Estado de São Paulo, com 16,25 milhões de metros cúbicos por dia, seguido por Minas Gerais, com 3,46 milhões de metros cúbicos por dia, pela Bahia, com 3,32 milhões de metros cúbicos por dia, e por Pernambuco, com 2,95 milhões de metros cúbicos por dia.

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