Vendas de imóveis novos em São Paulo crescem 10% em agosto

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As vendas de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo somaram 1.860 unidades em agosto, crescimento de 10,1% em relação a julho, informou nesta segunda-feira (15) o sindicato da habitação na capital paulista, Secovi-SP. A entidade não divulgou dados comparativos com o mesmo período em 2011. Em termos de valores, as vendas atingiram 978,8 milhões de reais, 14,9% maiores sobre o mês anterior. O segmento de dois dormitórios respondeu pela maior parcela das vendas (58,3%), seguido pelos imóveis com três dormitórios (23,8%). Já a velocidade de vendas, medida pela relação de venda sobre oferta, ficou em 9,9% em agosto, abaixo dos 13,3% um ano antes. No ano, as vendas na capital paulista acumularam queda de 6,6% até agosto, em 15.530 unidades, contrariando a estimativa da entidade, de fechar o ano com alta de 10% nas vendas. Em valores, enquanto isso, o volume soma 7,9 bilhões de reais, redução de 5,2%. "No ano, nota-se que o mercado de imóveis novos residenciais sofreu os efeitos do desaquecimento da economia brasileira", afirmou o Secovi em nota. Em termos de lançamentos, foi apurada alta de 19,6% em agosto sobre julho, para 2.078 unidades, enquanto nos oito meses até agosto houve retração de 38,3%, a 12.677 imóveis. A previsão da entidade é de que os lançamentos em 2012 sejam 21% inferiores ao resultado do ano passado. "O comportamento do mercado de imóveis novos na capital paulista passa por desaceleração", afirmou o economista-chefe do Secovi, Celso Petrucci, citando ajuste da oferta, redução do volume de aprovação de projetos pela Prefeitura e a crise internacional que refletiu no país. Ele ponderou, contudo, que as medidas de incentivo adotadas pelo governo --como redução da taxa de juros-- contribuíram para "melhorar a competitividade, aumentar a produtividade e incentivar os investimentos em infraestrutura nos próximos anos."