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A indústria de máquinas e implementos agrícolas comemora uma façanha neste primeiro quadrimestre de 2010, período em que atingiu um recorde de vendas. Em comparação com o mesmo período de 2008, até então o melhor do setor, a alta é de 44%. Em relação ao ano passado, as vendas subiram 50%. Nos primeiros quatro meses deste ano, foram 22.545 máquinas negociadas, contra 15.647 e 14.798 em 2008 e 2009, respectivamente. Os números são da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Outro bom termômetro do momento vivido pela agroindústria é o resultado da Agrishow, maior feira de máquinas do país, divulgado ontem. O evento registrou vendas de R$ 1,15 bilhão. O grande volume de negócios confirma a expectativa dos fabricantes de máquinas e explica, em parte, a alta da produção industrial no Paraná em março. A Case New Holland, por exemplo, uma das principais fabricantes do país, está localizada na Cidade Industrial de Curitiba (CIC).

O montante vendido durante a feira é sem precedentes. A expectativa, que era de R$ 860 milhões (próximo de 2008), foi superada em mais de 20%. O evento foi realizado na semana passada em Ribeirão Preto (SP).

As feiras de máquinas realizadas no Paraná também mostram ânimo do produtor para as compras. A Expolondrina, realizada pela Sociedade Rural de Londrina no início de abril, registrou R$ 194 milhões em negócios, 3,8% a mais que a feira de 2009. Em dez dias, a Expoingá, aberta ontem pela Sociedade Rural de Maringá, prevê R$ 120 milhões de movimentação financeira. Mas os bancos apostam em mais. Colocaram à disposição dos produtores R$ 155 milhões. As feiras do Paraná são menos direcionadas às vendas que a Agrishow. Ribeirão Preto atraiu apenas 142 mil pessoas. A Expolondrina teve público três vezes maior.

O lançamento de novas tecnologias ajudou a elevar as vendas neste ano, afirma o presidente da Agrishow, Cesário Ramalho. Tratores com uma variedade maior de potência. Colhei­tadeiras mais eficientes e equipadas. Plantadeiras gigantes capazes de varrer uma rua. Máquinas de mais de R$ 1 milhão se tornaram comuns nos estantes direcionados a grandes produtores.

Cotação

Esse bom desempenho nas vendas ocorre num ano em que os produtores reclamam da queda nas cotações internas dos grãos. O preço do milho caiu 20%, para R$ 13,8, e o da soja 33%, para R$ 30 a saca de 60 quilos no Paraná. Os preços em dólar estão acima das médias históricas, mas os produtores reclamam que o real valorizado abate a renda. Para quem está vendendo a produção agora, a receita não cobre os custos, avalia a Federação da Agricultura do Paraná (Faep).

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