As contratações de navios para entrega imediata de minério de ferro do Brasil para a China saltaram para um recorde em julho, e os embarques da Austrália aumentaram no final do mês, de acordo com dados da ASXMarine, sinalizando que a demanda do maior produtor de aço do mundo está firme mesmo após importações recordes no primeiro semestre.

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Os embarques do Brasil, segundo maior fornecedor de minério de ferro para a China depois da Austrália, saltaram para um recorde de 39, ante 24 no mês passado, o que sugere que a insaciável demanda da China pelo minério de outros países permanece intacta e complica suas tentativas de conseguir um melhor acordo de preços.

As contratações de navios dos principais portos de minério de ferro da Austrália para a China caíram até o final de julho, depois que a China prendeu quatro funcionários da Rio Tinto em Xangai devido a alegações de espionagem durante as negociações de preços.

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Mas os negócios se recuperaram na última semana para elevar o total em julho a 31 embarques, ainda abaixo das 40 no mês anterior e o menor patamar desde fevereiro.

A Associação Chinesa de Minério e Aço, que negocia o preço do minério de ferro pelas siderúrgicas do país com as principais mineradoras, disse na semana passada que as importações em excesso são um sério obstáculo nas negociações deste ano.

As importações de minério de ferro da China saltaram 29 por cento nos primeiros seis meses deste ano, para 297 milhões de toneladas, mas o ritmo deve cair para 236 milhões de toneladas na segunda metade do ano, já que os altos preços à vista estimulam a reabertura de minas domésticas inativas.

Os preços à vista do minério de ferro superaram os 100 dólares a tonelada entregue na China pela primeira vez em nove meses, conforme siderúrgicas de pequeno e médio porte correram para elevar as importações e a produção de aço atingiu taxas recordes diárias.