As vendas do setor supermercadista tiveram crescimento real de 0,57% em abril na comparação com março deste ano, segundo informou a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O indicador já está deflacionadas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, as vendas reais caíram 1,64% em abril. No acumulado dos primeiros quatro meses do ano, houve aumento de 0,65% ante igual período de 2014.
Apesar do resultado fraco de abril, o presidente da Abras, Fernando Yamada, afirmou em nota que a entidade mantém a expectativa de que haja resultado positivo este ano, ou seja, de que o setor apresente crescimento ante 2014.
“O setor já se ressente da elevação do nível de desemprego e da consequente queda da massa salarial”, comentou. “Apesar do primeiro quadrimestre ter sido bastante difícil, ainda temos expectativas de melhora da economia para o segundo semestre”,concluiu.
Em termos nominais, as vendas do setor cresceram 1,29% em abril ante março e 6,40% na comparação com o mesmo mês de 2014.
No início deste mês, Yamada já havia informado que a entidade deverá revisar para baixo a expectativa para o crescimento das vendas do setor supermercadista em 2015. A revisão deve ser anunciada no segundo semestre, mas o executivo afirmou que Abras agora trabalha com um cenário mais próximo de 1% de crescimento real ante projeção anterior de 2% de alta.
Cesta de itens básicos
Os preços de itens básicos nos supermercados brasileiros cresceram 1,4% em abril na comparação com março, de acordo com os dados da Abrasmercado, cesta de 35 produtos de largo consumo pesquisada pela GfK e analisada pela Abras.
O preço da cesta de produtos saiu de R$ 390,96 em março para R$ 396,44 em abril. Na comparação com o mês de abril de 2014, houve alta de 4,95%.
Os produtos com maiores altas em abril, na comparação com março, foram: tomate, cujo preço subiu 17,76%, cebola, com alta de 8,34%, e carne dianteiro, crescimento de 5,24%. As maiores quedas foram feijão, com recuo de 3,88%, batata, que caiu 3,29%, e margarina cremosa, redução de 1,58%.
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