Vendas no comércio de Curitiba têm a maior queda do ano

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Superando o índice negativo calculado em janeiro (-13% na comparação com dezembro), as vendas no comércio varejista de Curitiba recuaram 14% em junho, segundo revela pesquisa feita pelo Instituto Datacenso. A variação é a pior do ano registrada pelo setor, que desde março vinha acumulando resultados positivos nas vendas.

Segundo a Associação Comercial do Paraná (ACP), que solicitou o levantamento, uma das principais explicações para a baixa foi a interrupção do expediente no comércio da capital nos dias de jogos da seleção brasileira durante a Copa do Mundo.

Realizada nos três primeiros dias de julho, a pesquisa aponta ainda que o comportamento das vendas na capital paranaense em junho foi inferior também ao mesmo mês do ano passado, com queda de 7% na comparação.

A redução das vendas contrariou a previsão dos comerciantes, que esperavam, pelo menos, a manutenção do crescimento registrado em maio (2%). Em abril, pesquisa divulgada pela ACP chegou a mostrar que 62% dos donos de lojas da capital esperavam que o Mundial fosse influenciar positivamente nas vendas.

Produtos

No mês analisado, roupas e acessórios foram os itens mais vendidos no comércio de Curitiba. Os objetos representaram 59% das vendas no período. Em segundo lugar aparecem os calçados (28%), seguidos de perfumes e cosméticos (12%), eletroeletrônicos (12%) e celular e smartphones (9%).

O valor médio das compras por consumidor também foi inferior ao de maio, caindo de R$ 390 para R$ 350, conforme o levantamento.

Julho deve ser melhor

Apesar das vendas ruins em junho, os comerciantes estão otimistas com o comportamento do comércio em julho. A expectativa de vendas para esse mês é de crescimento em torno dos 5%.

Os entrevistados revelaram a intenção de investir em promoções, descontos e liquidações e, com o final da Copa do Mundo, é esperada a retomada do movimento comercial, puxado pela chegada do inverno e das férias escolares.

Pesquisa

A pesquisa foi realizada entre os dias 1º e 3 de julho, quando foram ouvidos 200 consumidores, de perfil equilibrado quanto ao gênero. Eles estão na faixa etária entre 18 e 45 anos, e têm renda mensal familiar entre R$ 1.245 e R$ 6.220.