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As vendas no comércio varejista brasileiro cresceram no ano passado e garantiram o melhor desempenho registrado desde 2004, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.

As vendas do setor ao longo de 2006 ficaram 6,2% maiores do que o registrado no ano anterior. Em 2004, o crescimento anual das vendas foi de 9,3%.

A expansão da renda e da oferta de crédito combinada às importações foram os principais motivos apontados pelo IBGE para a alta de 6,2% nas vendas do comércio varejista em 2006.

- Ao longo do ano, tivemos crédito farto, queda na taxa de juro, aumento de renda real com a inflação mais baixa e estabilidade do emprego. A valorização cambial causou um aumento na entrada de importados e barateou os produtos nacionais", afirmou o técnico da coordenação de Comércio do IBGE, Reinaldo Pereira.

Apesar do bom resultado anual, as vendas do setor caíram de novembro para dezembro. O volume comercializado no último mês de 2006 ficou 0,5% menor do que o apurado no mês anterior. A receita no período caiu 0,3%.

De acordo com o comunicado do IBGE, esses foram os primeiros resultados negativos do varejo após quatro meses consecutivos de expansão.

"Entretanto, a tendência de crescimento do setor observada a partir de agosto se manteve, embora com perda de ritmo nos últimos meses", afirmou o instituto.

Na comparação com dezembro de 2005, as vendas cresceram 5,7% no último mês do ano passado. As receitas, por sua vez, subiram 5,5%.

O setor de equipamento e material para escritório, informática e comunicação obteve a maior taxa de crescimento entre os demais. As vendas do setor subiram 30,1% em 2006, puxadas pelos computadores.

De acordo com Renato Pereira, a isenção do PIS/Confins para máquinas de até R$ 2.500 e o efeito da valorização do real em relação ao dólar sobre o preço dos componentes foram os principais fatores para a elevação do consumo dos computadores. Pereira acrescentou que a redução dos preços dos computadores causou uma maior formalização do seu consumo.

Também ficou em destaque em 2006 o setor de móveis e eletrodomésticos, com crescimento de 10,3%. Neste caso, além do crédito, o real valorizado estimulou a venda de importados, principalmente de eletroeletrônicos.

Já as vendas dos hipermercados e supermercados subiram 7,6% e, devido ao seu grande peso no índice, foram as que mais puxaram o crescimento de todo o varejo no ano passado. O técnico do IBGE atribui tal desempenho ao crescimento real da renda, à inflação baixa e ao aumento da massa salarial. A maior safra agrícola também favoreceu a venda de alimentos.

O único setor que acumulou retração de vendas em 2006 foi o de combustíveis e lubrificantes. Segundo o técnico do IBGE, a queda de 8,1% decorreu da alta nos preços praticados pelos postos.

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