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A crise do setor madeireiro afeta principalmente o Paraná, maior exportador do país, mas também outros grandes produtores, como o Pará. De janeiro a setembro, o setor madeireiro do país produziu 8,4% menos do que no mesmo período de 2005, a maior queda medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No Paraná, as vendas caíram 15,69% entre janeiro e agosto.

A situação é pior considerando-se que, de 1999 a 2003, o volume de exportações do setor (em dólares) cresceu 20% ao ano. "Em 2004 houve estagnação e depois queda", diz o presidente do conselho da Associação Brasileira das Indústrias de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci), Luiz Barros.

"Muitos contratos externos nem compensam, o que levou a cancelamentos e vários encerramentos de produção", conta o presidente-executivo da Associação Paranaense das Empresas de Base Florestal (Apre), Roberto Gava.

Para quem não tem floresta própria, outra fonte de perdas é a alta de 50% no preço da matéria-prima desde 2001, acompanhada da queda do preço internacional da madeira causada pela desaceleração imobiliária dos EUA. O painel de 18 mm, que custava US$ 300 no início de 2004, hoje está a US$ 210.

A produção fraca tem efeitos diretos no nível de emprego. De acordo com o Ministério do Trabalho, em 2005 o Paraná demitiu quase o mesmo número de funcionários admitidos no ramo de madeira e mobiliário em 2004. O saldo do emprego foi negativo em 4,2 mil vagas. Este ano, até setembro, a queda já é de 3,4 mil postos de trabalho. Até agosto, a Fiep calcula queda de 16,36% no emprego do setor. (HC)

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