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O Mercosul está prestes a ganhar o quinto integrante. Na próxima terça-feira (4), em Caracas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, participam de uma reunião extraordinária do bloco para formalizar a adesão da Venezuela, que vai se juntar a Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai - a Bolívia tem status de país associado.

O cronograma de livre comércio acertado durante a discussão da entrada venezuelana prevê que o Brasil abrirá plenamente sua economia para o novo membro em janeiro de 2010. Já a Venezuela abrirá seus mercados aos brasileiros em janeiro de 2012. Mas tanto para o Brasil quanto para a Venezuela, "produtos sensíveis" poderão ser integrados à economia de livre comércio só em janeiro de 2014.

O responsável pelo Departamento de Integração da América do Sul do Itamaraty, embaixador José Antônio Marcondes Carvalho, qualificou como "extremamente importante" a adesão da Venezuela ao bloco, por causa da ampliação geográfica do mercado comum. A seu ver, os venezuelanos vão "revigorar" o Mercosul ao trazer "novos horizontes no cenário internacional". E acelerar os cronogramas dos acordos de livre comércio com os países andinos.

Também estarão presentes à reunião os presidentes dos outros integrantes do Mercosul: Argentina, Paraguai e Uruguai. Além de Evo Morales, da Bolívia, país associado ao bloco. Morales afirmou que pretende se reunir com Lula para discutir o preço de comercialização do gás natural boliviano, que causa polêmica desde a nacionalização das reservas no país vizinho. O Itamaraty, no entanto, informa que a agenda do presidente ainda não está definida.

O protocolo de adesão da Venezuela foi firmado em junho pelos ministros de Relações Exteriores dos países membros. Agora, será ratificado pelos presidentes. O documento define os compromissos, as etapas do processo de integração, os prazos para a adoção da tarifa externa comum (TEC) do bloco e para a liberalização do comércio com os demais integrantes.

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