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Curitiba

Vigilantes decidem suspender a greve temporariamente

Os trabalhadores aceitaram uma proposta de conciliação feita pelo TRT, de 10% de aumento, e agora esperam a resposta das empresas para esta quinta-feira

Carros-fortes circularam por Curitiba com escolta da Polícia Militar na manhã desta quarta-feira | Marcelo Elias - Gazeta do Povo
Carros-fortes circularam por Curitiba com escolta da Polícia Militar na manhã desta quarta-feira (Foto: Marcelo Elias - Gazeta do Povo)

Os vigilantes que fazem a segurança em agências bancárias decidiram, em assembleia na tarde desta quarta-feira (4), suspender temporariamente a paralisação da categoria que completou três dias. Os trabalhadores aceitaram a proposta de reajuste de 10% feita pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) em audiência de conciliação nesta manhã. O Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado do Paraná (Sindesp-PR) ainda não decidiu se aceita o acordo.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região Metropolitana , João Soares, os trabalhadores voltarão a fazer a segurança das agências bancárias a partir de quinta-feira (5). Representantes dos trabalhadores e das empresas se reunirão novamente no TRT às 17 horas de quinta-feira. Soares afirma que, se o sindicato patronal não aceitar o acordo proposto, a greve será retomada.

A suspensão temporária não vale, porém, para os trabalhadores da segurança de empresas de transporte de valores. A negociação entre a categoria e as transportadoras é feita paralelamente à discussão com as empresas de segurança privada.

Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Valores do Estado do Paraná, Gerson Benedito Pires, os empresários do setor também aguardam uma audiência de para voltar a negociar com os trabalhadores. "Entramos com pedido de dissídio no TRT, mas enquanto aguardamos a reunião, não faremos novas propostas", afirma Pires. A audiência de conciliação está marcada para a próxima sexta-feira (6) às 10 horas. Enquanto não há acordo, carros-fortes estão abastecendo os caixas eletrônicos e as agências de Curitiba graças a uma decisão judicial. No total, 15 carros-fortes estão circulando pela capital desde as 8 horas. Um interdito proibitório, expedido pela 1ª Vara do Trabalho, determina que os grevistas permitam a saída de três veículos de cada uma das cinco empresas que operam na cidade.

De acordo com a decisão, as empresas poderão solicitar reforço policial se ocorrerem casos de impedimento ao acesso dos carros-fortes às sedes. A multa diária, caso haja descumprimento por parte do Sindicato, é de R$ 5 mil.

Pires conta que a decisão vale apenas para Curitiba e que, como o efetivo que está trabalhando é pequeno, os problemas de falta de dinheiro nos caixas eletrônicos ainda poderão continuar. Na terça-feira (3), clientes de diversas agências do Centro da cidade que queriam sacar dinheiro encontraram os caixas eletrônicos vazios.

Conciliação

Na reunião de conciliação, o juiz que intermediou a discussão propôs reajuste de 10% no piso salarial, no vale-refeição e no adicional de risco. A proposta chega bem próxima dos valores reivindicados pelos trabalhadores, que queriam 7% de reposição da inflação e mais um aumento real de 5%.

A última oferta feita pelo Sindesp havia sido de 7% sobre o piso salarial, o adicional de risco, o seguro saúde e o vale creche, além de 10% de aumento no vale-refeição. O sindicato das empresas vai dizer se aceita ou não a proposta na audiência de quinta-feira.

Bancos fechados

De acordo com o sindicato, pela manhã a previsão era de é que as 250 unidades que ficaram fechadas na terça-feira permanecessem sem funcionar. Apesar de a paralisação não ser dos bancários, uma lei federal impede que as agências funcionem sem vigilância.

De acordo com o sindicato, a adesão à greve atingia 60% da categoria. O sindicato patronal, no entanto, diz que só chegava a 10%.

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