Os vigilantes responsáveis pelos serviços de transporte de valores do Paraná decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada ontem à noite, depois que a categoria recusou a proposta de reajuste salarial apresentada pelo sindicato patronal. Com isso, a partir da próxima segunda-feira, pode começar a faltar dinheiro nos caixas eletrônicos do estado, que deixam de ser abastecidos com a paralisação.
Só no Paraná, trabalham no transporte de valores 2.487 vigilantes. A classe reivindicava um aumento salarial de 3% além da inflação, mas o Sindicato das Empresas de Transporte de Valores do Estado do Paraná propôs um reajuste de R$ 0,10 no vale-refeição, sem aumento real (apenas a reposição da inflação).
O presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, João Soares, classificou como absurda a proposta do sindicato patronal. Ele também disse que a expectativa dos vigilantes é que a negociação seja reaberta o quanto antes. "Lamentamos pelo fato da população ter que pagar pela falta de respeito e consideração dos patrões com os vigilantes", completou.
Bancos
Hoje é a vez dos vigilantes responsáveis pela segurança dos bancos decidirem se vão ou não entrar em greve. A paralisação desta categoria prejudicaria ainda mais o funcionamento das agências, já que os bancos não podem abrir as portas sem que pelo menos dois vigilantes façam a segurança do local. No ano passado, os vigilantes realizaram uma greve de cinco dias que resultou no fechamento de 130 agências em Curitiba. Houve também prejuízos no funcionamento dos sistemas bancários de Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu e Umuarama.
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