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Página da DellaSanta no Facebook: vendas concentradas na rede social | Reprodução
Página da DellaSanta no Facebook: vendas concentradas na rede social| Foto: Reprodução

Experiência

O Facebook anunciou na semana passada algumas mudanças no seu sistema de visualização de fotos. Confira o que mudou:

Resolução

Agora o visualizador de fotos irá automaticamente mostrar as imagens na maior resolução possível. Isso pode significar um tamanho até 4 vezes maior que antes.

Tela cheia

O usuário pode expandir o visualizador de fotos para ocupar a tela inteira do computador.

Navegador

Se o usuário estiver usando a versão mais recente do Firefox ou Chrome, deve clicar nas setas no canto superior direito de uma foto para ampliar para tela cheia.

Passo a passo

Veja como montar sua loja na rede social.

1. Plataforma – Para ter uma loja virtual dentro do Facebook é preciso ser administrador da página da empresa e vincular a ela o aplicativo que criará a loja. Há opções que não cobram pela instalação.

2. Dados – Insira seus dados e configure o meio de pagamento. É necessário dar um nome para a loja, fazer uma breve descrição do que será vendido, fornecer dados reais de contato e criar uma conta no meio de pagamento.

3. Delivery – Hora de configurar como seus produtos serão entregues para os consumidores. Alguns aplicativos já têm parcerias com empresas de entregas e devolvem parte do dinheiro gasto com o frete.

4. Produtos – Cadastre os produtos da loja e os organize por categorias. É preciso fazer uma descrição de cada produto, por fotos e preço. A maioria dos serviços têm ferramentas para controle de estoque.

5. Página – Pronta a parte interna da loja, é possível modificar o layout da sua loja e integrá-la à Timeline da página da empresa. Alguns aplicativos, como o MySocialShop, oferecerem maior diversidade de cores e estilos.

6. Divulgação – A loja está pronta, é só começar a divulgar. Além de interagir com o conteúdo da página, os usuários do Facebook podem curtir, comentar e compartilhar os produtos, mesmo sem comprá-los.

Quando Arthur Moraes abriu a Della Santa, loja online de roupas e acessórios fe­­mininos, com sua esposa Natalie, sua irmã e seu genro, Patrícia e André Mahon, em janeiro, o retorno financeiro não foi o que esperavam. Começaram, então, divulgar a loja nas redes sociais.

"Aí viralizou! O site passou a ter mais de 2 mil acessos simultâneos e nossa página vivia caindo", conta Ar­­thur. Para manter o site operacional, eles teriam de gastar muito mais com servidor e hospedagem. Foi aí, há cerca de duas semanas, que eles decidiram mergulhar mais fundo no aspecto social e migraram a loja inteira para o Facebook. Todas as vendas passaram a ser feitas dentro da rede social, o que impulsionou ainda mais o faturamento. A Del­­­­la Santa havia entrado no mundo do f-commerce.

Uma realidade já estabe­­lecida no Estados Unidos desde o ano passado, o social com­­­­merce (comércio eletrô­­nico integrado a redes sociais) e, especialmente o f-commerce, começa a fortalecer agora no Brasil, com os pequenos lojistas - e não apenas varejistas já estabelecidos - criando suas vitrines virtuais. Estima-se que o social commerce tenha movimentado US$ 1,2 bilhão nos Estados Unidos até o fim de 2011.

Para entrar nesse mercado, a Della Santa instalou em sua página do Facebook o aplicativo LikeStore, que per­­mite que qualquer pessoa crie gratuitamente sua lo­­ja virtual dentro da rede.

Com ele instalado, Arthur começou a perceber em seu empreendimento familiar o que Ludovino Lopes, presidente da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Câ­­ma­­ra-e Net), aponta como gran­­­­des benefícios de operar dentro de uma rede social: maior confiança do usuário, que não sai de seu ambiente conhecido nem para efetuar o pagamento, e marketing espontâneo criado pelos compartilhamentos de informação dentro de um sis­­te­­ma como o do Facebook.

Também creditando que o poder de alcance de um gigante como o Facebook pode ajudar pequenos empreendedores, Cristina Carolino começou a MySocialShop focando em vendedores que já man­­ti­­nham ou queriam montar uma pequena loja online. No entanto, com o tempo, a demanda do servi­­ço por varejistas já estabelecidos cresceu tanto que a empresa precisou mudar de foco e está desenvolvendo aplicativos pagos para companhias que precisam de ferramentas mais avançadas.

E foi dessa dualidade de pú­­bli­­cos que surgiram as principais estratégias do Kauplus, aplicativo criado pelos amigos Rafael Barbolo e Rafael Ivan Garcia. Diferente da Li­­keStores e da MySocialShop, o Kauplus não co­­bra comissão sobre os itens vendidos e de oferece uma API (também gratuita) para que clientes que já têm uma loja online em um site próprio possam integrá-la com a mantida no Facebook e criar recursos como buscadores de produtos, comparadores de preço e listas de presentes.

O presidente da Câmara-e Net acredita que o social com­­merce é uma evolução natural da própria prática do comércio, que sempre foi in­­fluen­­ciada por relações sociais (offline ou online) e por trocas de sugestões e impressões sobre produtos e marcas. A internet e, especialmente, as redes sociais, potencializaram esse comportamento e aumentaram o contato entre empresas e consumidores.

Por isso, o presidente da Câmara-e Net diz acreditar que social commerce é mais do realizar transações dentro de uma rede social ou es­­tar presente nesses sites - até porque 90% dos brasileiros que compram pela internet já usam redes sociais. O desafio é os lojistas fazerem parte do ecossistema das redes e aproveitarem as particularidades delas para o comércio.

Ricardo Grandinetti e Ga­­briel Borges, criadores da Li­­keStore, concordam com essa visão e dizem que as lojas no Facebook são apenas o primeiro passo. "Por enquanto, levamos o e-commerce para dentro do Facebook e isso é muito interessante, pois os lojistas podem se valer do apa­­rato e do potencial de alcance dessa grande rede para vender. Mas, futuramente, queremos levar as mídias sociais para dentro do e-commerce".

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