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Carteira habitacional supera os R$ 200 bilhões

O crédito destinado ao setor habitacional manteve a expansão no último mês de 2011 e cresceu 2,7% na comparação com novembro. Com esse crescimento, a carteira alcançou, pela primeira vez, a casa dos R$ 200 bilhões, ao somar R$ 200,5 bilhões ao fim de dezembro de 2011. No acumulado de todo o ano passado, as operações de crédito para a habitação avançaram 44,5%, no ritmo mais forte entre todas as linhas de crédito acompanhadas pelo BC. Na mesma base de comparação, o crédito para pessoa física destinado à compra de veículos aumentou 0,5% em dezembro e acumulou alta de 7,9% em 2011. No mês passado, essa carteira somava R$ 200,634 bilhões. Entre os demais segmentos do crédito, as operações para a indústria cresceram 1,9% em dezembro e 15,6% em 2011. Para as pessoas físicas, o ritmo foi menor, com avanço de 1,1% em dezembro e 15,4% no ano. Nas operações para o setor público, o crédito cresceu 5% no mês e 20,4% no acumulado de 2011.

O volume total de crédito no sistema financeiro cresceu 19% em 2011 ante 2010 e atingiu R$ 2,029 trilhões em dezembro do ano passado, segundo dados divulgados ontem pelo Banco Central (BC). Em 2010, o crescimento havia sido de 20,6% ante o ano anterior. A relação crédito/PIB passou de 45,2% em dezembro de 2010 para 49,1% no fim do ano passado.

A expansão superou a previsão do BC, que imaginava alta de 17,5%. A concessão de crédito voltou a aumentar no segundo semestre depois que a autoridade monetária começou a diminuir os juros e, principalmente, quando retirou as medidas macroprudenciais que travavam o crédito para conter a inflação. "Ficou ligeiramente acima do previsto. O importante é olhar para dentro dos números. O crédito a pessoas físicas, que é para consumo, tem se moderado", disse o chefe do Departamento Econô­mico do BC, Túlio Maciel.

Bancos públicos

Discretamente, os bancos públicos turbinaram a concessão de crédito no fim do ano passado. Diante das medidas do governo para incentivar os empréstimos como forma de manter a economia aquecida, o total de operações de crédito dos bancos públicos cresceu 4% em dezembro na comparação com novembro e acumulou alta de 7,7% no último trimestre de 2011. O total de empréstimos cresceu apenas 0,6% em dezembro nos bancos privados nacionais e avançou 2% nos estrangeiros.

Apesar de os números mostrarem diferença no comportamento de instituições como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal com o restante do mercado, Maciel disse que não é possível observar um comportamento distinto dos bancos públicos, como o observado em 2008 e 2009. "Não temos relatos de que os bancos públicos tenham apresentado um desempenho muito diferenciado. Parte da carteira desses bancos sempre cresce mais porque há muito crédito habitacional", justifica.

Mas, mesmo quando são excluídas as operações para o segmento habitacional, há grande diferença. Nas operações exclusivas para pessoas físicas, por exemplo, a carteira de crédito dos bancos públicos cresceu 2,6% em dezembro e 10,5% no trimestre, contra expansão mensal de 0,3% e trimestral de 1,9% nos concorrentes privados nacionais. Nos estrangeiros, o crédito à pessoa física cresceu 1,5% no mês e 4,2% no trimestre.

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