Depois de uma nova assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (10), os trabalhadores da Volvo aceitaram a proposta da empresa e decidiram não fazer novas paralisações, após o anúncio da demissão de 206 funcionários da fábrica de Curitiba.
Na reunião, empresa e o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) chegaram a um acordo, que inclui uma lista de benefícios para os trabalhadores desligados. As demissões, no entanto, foram mantidas.
Benefícios ampliados
Entre os benefícios, estão o pagamento de R$ 15 mil de aviso prévio legal e mais um salário adicional proporcional ao tempo de casa. Para aqueles que estão a menos de quatro anos na empresa, o valor adicional será equivalente a metade dos vencimentos e para aqueles que estão há 20 anos na Volvo, serão pagos até três salários, por exemplo.
Segundo a montadora, os desligamentos são uma medida para ajustar os volumes de produção à demanda e atingirão principalmente os metalúrgicos que atuam na linha de caminhões da fábrica. Com a queda no volume de vendas de veículos pesados, ficou inviável manter a mesma estrutura de pessoal na linha de produção.
Com a notícia, os trabalhadores da empresa cruzaram os braços na tarde de ontem, com a intenção de que a empresa revisse os cortes e promovesse um lay-off (suspensão temporária dos contratos de trabalho).
Sem acordo, o sindicato propôs uma lista de benefícios para os demitidos. A empresa acatou parte deles e, com isso, os trabalhadores encerraram a paralisação.
A Volvo reforça que, mesmo com as demissões, manterá um quadro de funcionários em Curitiba maior do que no ano passado.
Segundo a montadora, a unidade fechou 2013 com 3.656 trabalhadores e hoje mantém 3.910 com as demissões, o efetivo baixará para 3.704 pessoas. Atualmente, a produção diária da fábrica é de 80 caminhões pesados, 44 médios e 8 ônibus.
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