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Linha de montagem da Volvo, em Curitiba: montadora prevê para os caminhões um crescimento menor que o estimado pela Anfavea | Divulgação
Linha de montagem da Volvo, em Curitiba: montadora prevê para os caminhões um crescimento menor que o estimado pela Anfavea| Foto: Divulgação

A Volvo confirmou ontem que vai produzir uma segunda marca de caminhões no país. Mas disse que ainda não definiu qual, nem onde e nem quando. O que se pôde concluir foi que a produção dos novos modelos dificilmente ficará a cargo da fábrica que a empresa tem na Cidade Industrial de Curitiba (CIC).

INFOGRÁFICO: Veja como foi a venda de caminhões no ano passado

A segunda marca será escolhida dentre as três com as quais a Volvo já atua em outros países latino-americanos: Renault Trucks, UD e Mack. "Ainda não sabemos qual será a marca. Estamos dando o tempo necessário para definir questões de posicionamento, preços, produtos, rede de concessionários, manufatura e investimentos", disse Roger Alm, presidente do Grupo Volvo América Latina. "Parte dessa análise diz respeito à localização [da produção] dessa segunda marca. Estamos em Curitiba neste momento, mas precisamos investir em alternativas em termos de manufatura."

Bolo menor

Na entrevista concedida em São Paulo, os executivos da montadora pouco falaram sobre a forte retração do setor de caminhões em 2012 – quando a produção despencou 40,5%, as vendas no Brasil caíram 19,5% e as exportações, 15,5%. Eles preferiram dar ênfase ao crescimento da fatia de mercado da Volvo. É que, como o recuo da empresa foi um pouco mais suave que o das concorrentes, sua participação nesse "bolo menor" acabou crescendo: passou de 17,1% para 18,2% das vendas dos segmentos de caminhões pesados e semipesados, nos quais ela atua. "Nos últimos quatro anos, ganhamos 5,4 pontos porcentuais, o que nenhum concorrente conseguiu", destacou Alm.

Projeção

A Volvo prevê que 105 mil caminhões pesados e semipesados serão vendidos neste ano, volume que corresponderia a um aumento de 20% em relação ao de 2012 (87,3 mil) e ficaria ligeiramente abaixo do recorde estabelecido há dois anos (111,5 mil). O diretor comercial da empresa, Bernardo Fedalto, ressaltou que "não seria uma surpresa" se o mercado "empatasse" com 2011. Para ele, a queda nas vendas provocada pela adoção dos motores Euro 5 é um "problema que já acabou". Os bons números de produção e vendas em janeiro, divulgados há dois dias, parecem indicar que o setor está mesmo se recuperando.

Ao ser lembrado de que a previsão mais otimista da Anfavea (representante das montadoras) é de um crescimento de 7,5% nas vendas de caminhões neste ano, Roger Alm reiterou a projeção da Volvo: "Nós temos os nossos números, a Anfavea tem os dela. Achamos que os nossos estão certos".

O repórter viajou a convite da Volvo

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