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A Volvo fechou um novo contrato para a entrega de ônibus urbanos no Chile que deve garantir a venda de pelo menos 171 chassis articulados produzidos na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Outros 328 chassis serão fabricados em Boras, nas proximidades da sede mundial da Volvo, em Gotemburgo, na Suécia. O valor total do contrato é de aproximadamente US$ 120 milhões.

No ano passado, a montadora já havia produzido 1.779 ônibus para três operadores do transporte público de Santiago, sendo 1.159 feitos na CIC, em um contrato de US$ 400 milhões, o maior de toda a história de quase 80 anos do grupo sueco.

De acordo com o presidente da Volvo Bus Latin America, Per Gabell, o número total de ônibus do novo contrato será de 499, mas a proporção de chassis feitos no Paraná vai aumentar caso os chilenos priorizem os ônibus articulados, fabricados em Curitiba. Chamados B9SALF, eles têm 18,5 metros de comprimento, motor de nove litros e capacidade para 160 pessoas. Na Suécia, serão feitos modelos de 12 metros de comprimento, sem articulações, com capacidade para 90 passageiros. Todos os 499 chassis receberão carroceria na Induscar/Caio, sediada em Botucatu (SP). A produção em Curitiba começa apenas em novembro de 2007, com entrega entre janeiro e junho do ano seguinte.

A nova encomenda foi feita pela empresa Buses Metropolitana, uma das operadoras do Transantiago, sistema de transporte coletivo da capital chilena. A empresa venceu a licitação do Troncal 5, um dos cinco corredores de transporte da cidade, que adotou sistema semelhante ao usado em Curitiba e Bogotá, na Colômbia – ambas já servidas por articulados e biarticulados da Volvo. Outros três corredores, os "troncais" 1, 2 e 4, foram licitados em dezembro de 2004, e as três empresas vencedoras escolheram a Volvo como fornecedora. Isso ajudou a fábrica paranaense a exportar um total de US$ 544,3 milhões em 2005, mais que o dobro do ano anterior.

Questionado sobre a possibilidade de a Volvo ser escolhida pelo futuro vencedor do Troncal 3, único eixo de transporte ainda não licitado do Transantiago, Gabell respondeu com bom humor. "Vencemos os outros quatro, acho que isso já é suficiente para avaliar nossas chances." De olho em futuras concorrências, a montadora mantém conversas também com autoridades e empresas de Lima, no Peru, e de algumas cidades colombianas.

No mercado brasileiro, a montadora vendeu até julho 102 ônibus, 82% a mais que nos primeiros sete meses de 2006. Mas, com o término das entregas para o Chile, as exportações tendem a perder ritmo. Foram quase 1,9 mil unidades no ano passado, número que dificilmente será alcançado em 2006: até junho, a Volvo exportou 479 ônibus. (FJ)

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