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O presidente da rede Wal-Mart no Brasil, Vicente Trius, diz que a concentração de supermercados sob controle da companhia na Região Sul não reduzirá a competição no setor. Segundo ele, a empresa pretende estender às suas novas lojas a política comercial que define como "preço baixo todo dia". Na quarta-feira, o grupo anunciou a compra de 140 lojas que pertenciam ao Sonae, entre elas as bandeiras Big e Mercadorama.

Ao invés de promoções ou descontos sazonais, o Wal-Mart tem como proposta oferecer sempre valores menores que seus concorrentes. Trius afirma que, com essa estratégia sendo colocada em prática, o consumidor não será prejudicado com a operação, apesar de ter ficado com uma opção a menos de compra. O executivo diz que será preciso algum tempo para que essa política de preços seja "construída" em cada unidade.

"Não é um procedimento que se implanta da noite para o dia. Mas da mesma forma que fizemos no Nordeste, quando compramos a rede Bompreço, vamos organizar as lojas para praticar preços bastante competitivos, com forte foco nos itens da cesta básica." Segundo Trius, as lojas Wal-Mart continuam suas operações normalmente, inclusive com relação à prática de cobrir preços anunciados pelos concorrentes diretamente no caixa, mediante apresentação de tablóides de ofertas. A extensão do procedimento para as bandeiras Mercadorama e Big ainda não foi confirmada.

O Wal-Mart não pretende fechar nenhuma loja nem mudar as bandeiras. Trius garantiu também que não haverá demissões. "Estamos muito satisfeitos em receber essas pessoas na rede e pretendemos manter esses talentos conosco." O presidente do Sindicato Paranaense dos Empregados de Supermercados, Jorge Leonel de Souza, diz acreditar que não haverá demissões. "Como o que muda é a política da empresa, se elas acontecerem será nos cargos de confiança", declara. Souza vê ainda algumas vantagens para os trabalhadores. "O Wal-Mart tem uma política de cargos e salários e divisão de lucros mais interessante para os funcionários. As exigências de qualificação e treinamento são maiores, mas os benefícios também."

A experiência das bandeiras Mercadorama e Big no atendimento aos clientes da região Sul será aproveitada pelo novo controlador. "Nos segmentos de alimentos e hortifrutigrangeiros, principalmente, elas mantinham políticas bastante eficientes que vamos aproveitar." Segundo Trius, o Wal-Mart continuará trabalhando com os 250 fornecedores paranaenses com os quais as bandeiras já atuavam.

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