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Curiosidade sempre

O instinto investigativo sempre está por trás de um bom aluno. Matheus Campos Carneiro, de 13 anos, tem um método de estudo que une o útil ao agradável: a tradução de músicas em inglês. "Quando não consigo entender tudo, pesquiso na internet, e consigo perceber o significado", conta. A mãe, a administradora Ellen Nogueira Carneiro, revela que o interesse pela pesquisa não está apenas na música. "Quando conversamos com amigos e falamos algo que ele não conhece, já pergunta o que significa e procura mais informações." Brenda Laís de Castro, 13 anos, é outra curiosa. Depois de uma viagem à Europa, decidiu escrever um diário dos locais visitados, com consultas à internet e a ingressos, panfletos e fotos que trouxe. "Faço isso diariamente. O segredo é não ter preguiça", brinca. A mãe, a bancária Rosi Mari Conte, conta que o trabalho está rendendo. "Ela torna interessantes lugares que, no momento da viagem, não chamaram muito a atenção."

Criatividade e inovação

Quando a matéria é mais densa e exige uma dose extra de preparação, muitos estudantes acabam desistindo e se contentando com uma nota média. O aluno nota 10 não. Para ele, a melhor alternativa é inovar, como ensina a estudante Dayane Farinacio, de 15 anos. Boa aluna de História, ela reconhece que às vezes o conteúdo é cheio de detalhes e que exige algo mais. Quando isso acontece, reúne-se com os colegas para criar músicas que ajudem na fixação do conteúdo. Eles pegam melodias já existentes e modificam as letras, que passam a ter datas, grandes nomes e feitos da História. "Também montamos esquemas, com palavras-chave, o que ajuda quando bate o desespero", conta.

O pai, o empresário Luiz Cesar Farinacio, aprova a saída criada pelos estudantes. "Eles inventaram um método que ajuda. O importante é estudar, sempre incentivamos isso. Se não incentivarmos, ela pode desanimar", diz.

Além da sala de aula

Os estudantes Lucas Leandro de Souza, de 15 anos, e Alexandre de Assis Gomes Filho, de 16, têm facilidades na área de exatas, temida por muitos. O segredo é simples: complementar o estudo com alguma atividade de que gostem e que ajude a desenvolver o raciocínio. No caso de Lucas, um curso de informática auxiliou. "Gosto muito de computador. No curso desenvolvi mais disciplina e raciocínio", explica. Para a tia Ivone dos Santos, o interesse por computador é um incentivo para que ele aprenda sempre mais.

Para Alexandre, o costume de jogar xadrez ajuda e é uma diversão.

"O jogo me auxilia no raciocínio lógico. Quando o pessoal de casa cansa de jogar comigo, procuro jogos na internet", diz. Clara Padilha de Lima, farmacêutica e mãe de Alexandre, conta que este é um hobby sempre presente.

"Em casa, ele e o pai sempre têm uma partida em aberto na sala.

Na praia, ele joga com o avô, continua se exercitando."

Pais atentos e presentes

Na casa de Ariana Celin Barros, de 12 anos, o acompanhamento dos pais é indispensável. Quando o pai, o taxista Adilson Cesar Barros, não sabe explicar algum exercício, procura orientação na escola, com os professores. "Eu também quero ajudá-la. Quando aparecer novamente uma atividade semelhante e ela me perguntar poderei explicar." Além de sanar dúvidas quanto ao conteúdo, Adilson também faz, mensalmente, observações sobre o perfil de Ariana, em relação a suas características e aos sistemas que ela usa para estudar, para que os professores compreendam melhor o seu jeito em sala de aula. "Acho importante, porque ela é muito agitada. Assim, o acompanhamento pode ser melhor." Para Ariana, os cuidados ajudam, principalmente porque não substituem seu esforço. "Quando tenho dúvidas, eles nunca me dão a resposta. Sempre me incentivam a resolver sozinha. E eu sempre procuro fazer isso, pesquisar."

Em dia com os estudos

Estudar regularmente, sem deixar nada para a última hora. Esse é o método infalível para Julia Ditzel Straub, de 11 anos, e Carolina Schmidt Gobatto, de 15. Julia, que adora Ciências e Matemática, estuda diariamente. "Se sobrar alguma questão que não entendi, tenho tempo de perguntar em sala." A mãe, a analista de projetos Geysa Ditzel, conta que sempre apoiou a organização. "Incentivo o aproveitamento do tempo. Se deixar tudo para um dia antes da prova fica pesado." Para Carolina, que prefere Química e Matemática, até a hora de ir à escola, dentro do ônibus, é um bom momento para estudar. "Faço resumos com exemplos de usos, para sempre ter à mão. Na semana da prova, leio esse resumo." Os trabalhos estão prontos com antecedência. "O segredo é sempre estar estudando. Assim, não acumula." Sua mãe, a assistente social Roseli Schmidt Gobatto, conta que a organização da filha é fruto da personalidade, da infância criativa e do acompanhamento em casa.

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