A Universidade de São Paulo (USP) decidiu expulsar, nesta segunda-feira (13), um estudante do curso de Relações Internacionais acusado de fraudar o sistema de cotas raciais e sociais da instituição. Ele ainda pode recorrer da decisão. O caso também pode parar na Justiça.
Para ingressar na USP por meio de cotas, ele autodeclarou como pertencente do grupo de Preto, Pardos e Indígenas (PPI) e também disse ter uma renda mensal que não conseguiu comprovar autenticidade.
Depois que recebeu a denúncia, a Comissão de Acompanhamento da Política de Inclusão da USP analisou o caso e apurou que não foi possível constatar a conformidade de suas características fenotípicas com a autodeclaração de PPI.
“Dessa forma, a invalidação da matrícula, aprovada pela Congregação do IRI, a quem cabe a decisão final sobre o tema, tomou como base o não atendimento do critério social e dos requisitos necessários para o preenchimento da vaga nessa modalidade”, diz a USP em nota enviada à reportagem.
Segundo a instituição, é papel da Comissão analisar a denúncia e determinar a instauração de sindicância ou processo administrativo para a apuração dos fatos.
A USP afirmou ainda que o acusado “teve direito ao contraditório e à ampla defesa no decorrer de todo o processo e ainda poderá entrar com recurso contra a decisão”. De acordo com o Regimento Geral da Universidade, o aluno não poderá fazer matrícula na instituição por cinco anos.
A reportagem não conseguiu localizar o estudante.
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