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O estudo do Ipea revelou desigualdades e avanços na situação educacional do país

Ensino médio

Apenas a metade dos jovens brasileiros de 15 a 17 anos frequenta o ensino médio na idade adequada e 44% deles ainda não concluíram nem mesmo o ensino fundamental. Nas regiões Nordeste e Norte, as taxas de frequência (36,4% e 39,6%, respectivamente) são bem mais baixas do que no Sudeste e Sul (61,8% e 56,5%, respectivamente).

Ensino superior

Apenas 13,6% dos jovens de 18 a 24 anos estão na faculdade. Cerca de 30% dos jovens conseguiram completar o ensino médio, mas sem buscar a continuidade de estudos na graduação.

Fora da escola

A proporção de jovens fora da escola cresce de acordo com a faixa etária: 15,9%, entre os jovens de 15 a 17 anos; 64,4%, de 18 a 24 anos; e 87,7%, de 25 a 29 anos.

Analfabetismo

Em todas as faixas de idade avalia­­das pelo Ipea, houve diminuição na taxa de analfabetismo entre os jovens. Na faixa de 15 a 17 anos, a queda foi de 8,2%, em 1992, para 1,7%, em 2008. Na faixa de 18 a 24 anos, foi de 8,8% para 2,4%, no mesmo período.

São Paulo - O índice de analfabetismo entre jovens negros é duas vezes maior que entre brancos, segundo levantamento divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Eco­nômica Aplicada (Ipea). Con­tudo, a distância entre os grupos encurtou nos últimos 10 anos: em 1998, o analfabetismo entre jovens negros era quase três vezes maior que entre os brancos.

No ensino médio, o número de jovens brancos que frequenta a escola é 44,5% maior, em comparação ao de negros. Já no ensino superior, a frequência é cerca de três vezes maior entre os brancos. O Ipea destaca, no entanto, que houve significativa melhora no nível de adequação educacional entre os jovens negros nos últimos anos. Enquanto se observou entre os brancos certa estagnação, entre os negros a melhoria na frequência ao ensino médio é bastante significativa: em 10 anos, quase duplicou.

No que diz respeito à renda, a disparidade é alarmante. De 2004 a 2008, a diferença entre as rendas médias dos negros e dos brancos no Brasil aumentou R$ 52,92. O estudo também revela que a renda média dos brancos aumentou 2,15 vezes no período, en­­quanto a dos negros teve aumento de apenas 1,99 vez.

O levantamento do Ipea foi feito com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Do­­micílios (Pnad) de 2008 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consideram-se jovens aqueles entre 15 e 29 anos, uma população que soma hoje 49,7 milhões de pessoas, cerca de 26,2% da população brasileira.

Escolaridade

O estudo do Ipea também destaca que a situação educacional de brasileiros com idade entre 15 e 29 anos mostra avanços. De acordo com a pesquisa, os jovens, atualmente, conseguem passar mais tempo em sala de aula e ter maior escolaridade do que os adultos. Em 1998, a média de anos de estudo entre pessoas de 15 a 24 anos era de 6,8. No ano passado, a média era de 8,7 anos de estudo entre jovens de 18 a 24 anos. No grupo de 25 a 29 anos, a média chegou a 9,2 – 3,2 anos de estudo a mais do que entre a população acima dos 40 anos.

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