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Desde que o Exame de Ordem começou a ser aplicado em caráter obrigatório no Paraná, em 1996, a comemoração pela aprovação se transformou numa espécie de segunda festa de formatura para os estudantes de Direito. O aluno do 5.º ano da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), Marcos Basso do Nascimento, diz que é difícil até avaliar o que se tornou mais importante. "Tem de se preparar bem para os dois, principalmente quem entra no curso pensando em exercer a advocacia."

Diferentemente da maioria dos colegas, ele não está com medo de fazer o teste. "Me dedico bastante à universidade. Estou sendo bem avaliado durante todos os semestres do curso e acho, sinceramente, que tenho todas as condições de passar." Apesar do otimismo, ele diz que há necessidade de realizar um cursinho preparatório, cuja mensalidade chega a custar o equivalente à da universidade (aproximadamente R$ 400).

Aos 45 anos, Nascimento completará o seu primeiro curso superior. Funcionário público, ele concorda com os representantes da OAB do Paraná que consideram um problema a abertura descontrolada de cursos de Direito. Nesse aspecto, ele encara o Exame de Ordem como um "mal necessário".

"Existem muitas faculdades por aí em que é muito fácil ser aprovado. Temos que pensar no interesse maior", diz o estudante, que pretende fazer o teste em dezembro. "O exame é uma certificação de qualidade do profissional, já que existe uma enorme gama de bacharéis que não estão preparados para exercer a advocacia."

Na visão dele, o teste será um desafio que medirá apenas o que foi aprendido na universidade, nada tão fora do comum. "Se 8% dos candidatos passaram agora, eu também posso passar", diz.

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