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São Paulo - Um curso universitário de três a­­nos, de onde o estudante sai com u­­ma formação geral em uma grande área do conhecimento, mas, se qui­­ser, cursa mais um ou dois anos e sai com um diploma na profissão que escolher. Os bacharelados in­­ter­­disciplinares, oferecidos em al­­gu­­mas universidades federais brasileiras nos últimos anos, começaram a aparecer após a implantação do Reuni (Programa de Apoio a Pla­­nos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais).

O programa, que contemplará as instituições com verbas até 2012, tem alguns pressupostos, como a flexibilização da grade curricular. A secretária da Educação Superior do MEC, Maria Paula Dallari Bucci, diz que o ministério incentiva a criação desses cursos e os vê como uma "alternativa intermediária’’ a quem não pretende fazer um curso tradicional.

"A revisão dos currículos é um movimento que está acontecendo em todo o mundo. Cursos de formação geral são comuns nos EUA e na Europa. A vantagem [dos bacharelados] é que eles oferecem uma formação adequada a um mundo cada vez mais dinâmico. Não podemos nos prender a modelos acadêmicos que eram atuais há algumas décadas e que hoje talvez não sejam’’, diz ela.

Na Universidade Federal da Bahia, onde o projeto teve início neste ano, o aluno escolhe entre quatro grandes áreas: artes, humanidades, ciência e tecnologia e saúde. Em todas, os alunos têm aulas de língua portuguesa e estudos da contemporaneidade.

A grande diferença em relação a cursos tradicionais, segundo o reitor Naomar de Almeida Filho, é que o aluno monta a sua grade. Depois de três anos, o estudante tem duas opções: se forma ou escolhe um curso específico.

Criada em 2005, a UFABC oferecia até o ano passado apenas o bacharelado interdisciplinar de ciência e tecnologia. Após três anos, o aluno se forma ou então pode escolher entre: oito modalidades de engenharia; bacharelados em áreas como biologia e ciência da computação; ou licenciaturas como química e física. Neste vestibular, a universidade passou a oferecer o curso de ciên­­cias e humanidades, em São Ber­­nar­­do do Campo, cujas formações específicas poderão ser bacharelado e licenciatura em filosofia, eco­­no­mia ou gestão de políticas públicas.

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