Ministro da Educação, Mendonça Filho: corte de verbas é justificativa| Foto: Wilson Dias/Agência BrasilAgência Brasil

O Brasil está longe de cumprir as metas do PNE (Plano Nacional de Educação), que completa três anos em vigor neste domingo (25). 

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Embora tenha um horizonte de 10 anos (de 2014 a 2014), o plano possui metas parciais. E o saldo até aqui não é bom. Até agora, apenas seis dos 30 dispositivos para o ensino básico foram cumpridos ao menos parcialmente. 

O levantamento foi feito pelo Observatório do PNE, que é mantido pela organização sem fins lucrativos Todos Pela Educação. 

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Das 20 metas gerais do plano, oito possuem prazos intermediários já vencidos. Entre os objetivos que ficaram pelo caminho, estão a alfabetização de 93% da população até 2015 e a presença de 85% dos jovens entre 15 e 17 anos no ensino médio, o que deveria ter ocorrido em 2016. 

No ensino básico, as metas não cumpridas incluem a criação de parâmetros mínimos de qualidade dos serviços da educação básica, a elaboração de uma política que permita a todos os professores terem um diploma de curso superior e a realização de um censo anual dos profissionais do ensino básico. 

Na lista das metas cumpridas, estão a criação do Fórum Permanente para Acompanhamento da Atualização Progressiva do Valor do Piso Salarial Nacional e o encaminhamento, ao Conselho Nacional de Educação, de uma proposta de direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento do Ensino Fundamental. 

O Plano Nacional de Educação, aprovado pelo Congresso, é a referência de gestores públicos do setor nos planos federal, estadual e municipal. 

“Para que [o plano] saia do papel é essencial a elaboração de um plano de ação que trace um caminho a ser percorrido, começando pelas políticas que embasam e sustentam as demais, criando mecanismos para que os gestores públicos, os agentes de fiscalização e a sociedade possam debater e acompanhar os processos”, diz a análise do Todos Pela Educação. 

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Em resposta à Agência Brasil sobre o assunto, o Ministério da Educação citou as dificuldades financeiras da pasta. “É importante destacar que a atual gestão do MEC recebeu a pasta em maio de 2016 com corte no orçamento, de R$ 10 bilhões em 2015 e R$ 6,4 bilhões em 2016, e com dívidas elevadas de programas estratégicos do governo anterior. As ações estratégicas que estão sendo implantadas pela atual gestão estão atreladas ao Plano Nacional de Educação”, diz a nota.