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Budapeste, Hungria.
Budapeste, Hungria.| Foto: Pixabay

NOTA DO EDITOR: Este artigo é um dos poucos em português sobre o impacto das pesquisas científicas na Hungria. Com um levantamento inédito, feito a partir de dados de dezembro de 2019 da plataforma Scimago, os autores propõem uma série de medidas bem-sucedidas naquele país que podem ser uma saída para a irrelevância das pesquisas brasileiras. O artigo é assinado por Marcelo Hermes-Lima (UnB), que analisou os números da ciência (cientometria) e as correlações com a economia (seções 1 e 2 do artigo); Amilcar Baiardi, da UCSAL de Salvador, responsável pelo histórico econômico da Hungria.; Cecília Carreiro, da Universidade Eotvos Loránd (ELTE), Hungria, responsável pela seção 3 do artigo e Eduardo Fox, entomologista, que auxiliou nas análises matemáticas e os gráficos do estudo.

1.1. Impacto científico húngaro entre 1996 e 2018

Ao analisar recentemente o ranking mundial de impacto científico de 2017, verificamos que a Hungria estava no 15º lugar dentre 70 países com pelo menos 3 mil publicações. Fazendo o cálculo do Rank score de impacto científico (escala de 0 a 10, onde “dez” é dado ao pais que está em primeiro lugar no ranking mundial de impacto, que é medido em citações por publicação, e “zero” para o último colocado; entenda melhor aqui), a Hungria apareceu com 7,9 em 2017 – um valor bastante elevado. Achamos inicialmente que seria um eventual ponto fora da curva, no sentido de ter sido um ano atípico para a ciência húngara. Nunca tínhamos prestado atenção nessa nação que até 1989 pertenceu ao bloco liderado pela União Soviética. Em termos de quantidade de publicações, estava em 48º lugar mundial em 2017, com 11,4 mil publicações em periódicos indexados no Scopus. Para ter uma ideia de escala, o Brasil publicou 78 mil trabalhos naquele ano, ficando no 14º lugar mundial em quantidade.

Resolvemos então fazer uma análise temporal do impacto da ciência da Hungria e verificamos que ocorre um gradual aumento de impacto ao longo dos anos. Podemos ver no gráfico abaixo que o Rank score médio entre 1996 e 1999 foi 2,3, subindo para 4,2 no quadriênio 2004-2007, e para 5,4 em 2010-2013. Entre 2016 e 2018 o valor médio do Rank score húngaro foi de 7,5.

Podemos verificar que nos anos 90, Brasil e Hungria não se diferiam muito em Rank score, mas já a partir de 2001 a diferença entre os dois países tornou-se estatisticamente significativa. De 2010 em diante, esta diferença torna-se impressionante. O gráfico abaixo também mostra o crescente desempenho científico de Singapura, que atingiu Rank score médio de 9,5 entre 2012 e 2018. Singapura foi o 2º colocado do mundo em impacto em 2017, dentre países com pelo menos 3 mil publicações (Suíça foi a 1ª colocada). Observemos como a Hungria está se aproximando de Singapura em impacto científico! (o Brasil, por outro lado, caminhando no sentindo oposto – infelizmente)

Em termos de impacto absoluto (medido em citações por publicação, CPP), verificou-se na Hungria um aumento considerável ao longo dos últimos anos. Passou de aproximadamente 39% do CPP do 1º lugar mundial (Suíça) em 1997 para 78,5% em 2017. Em 2018, caiu um pouquinho, para 76%, mas ainda dentro de uma flutuação normal (nesse ano o 1º lugar global foi a Estônia, outra antiga nação do bloco soviético, já analisada por nós).

Para fins de comparação, o Brasil apresentou 45,7% do CPP do 1º lugar em 2017. O impacto de Singapura foi de 97% do 1º lugar nesse ano.

1.2. Domínios do saber em Ciências da Vida, Saúde e Exatas

Vamos agora avaliar o Rank score da Hungria em diversas áreas do saber. Abaixo está a avaliação de três grandes domínios (Vida, Saúde e “Exatas”), subdivididos em 3 ou 5 áreas cada. Os dados são de 2017, da base de dados do Scopus (scimagojr.com)

O que salta aos olhos é o fato da Hungria aparecer em 1º lugar em Física (utilizando um “cut off” de 1000 publicações; se fosse usado um “cut off” de 2000, a Hungria ficaria no 2º lugar) e Microbiologia & Imunologia (verificamos esse resultado em um artigo recente nosso), e no 2º lugar em Medicina. Verificamos ainda ótimos resultados em Bioquímica (15º lugar, Rank score 6,6) e Geologia (7º lugar, Rank score 8,5).

Nas 13 áreas analisadas, o Brasil ficou atrás da Hungria, mesmo naquelas em que os húngaros obtiveram resultado ruim em impacto, como Neurociência (Rank scores 3,2 e 2,4 para Hungria e Brasil, respectivamente), Matemática (Rank scores 3,3 e 2,4) e Veterinária (Rank scores 2,4 e 0,8).

Investigamos a linha tempo do impacto em Microbiologia & Imunologia e verificamos que 2017 foi um ano atípico para a Hungria. Observem que os Rank scores de 2018, 2016 e 2015 foram 5,0, 5,1 e 4,9, respectivamente (valor médio de 2011-2016 e 2018 = 5,0). Logo, não podemos considerar essa área como sendo realmente desenvolvida no país.

No caso da Medicina, há um real crescimento do impacto húngaro. Saiu de Rank score abaixo de 4 em 2008-2009 chegando a valores acima ou igual a 9 em 2017-2018. Na Física, observamos o mesmo comportamento de aumento de impacto húngaro ao longo dos anos. Entre 2007 e 2009, o Rank score médio foi 4,5, tendo se elevado para 9,6 em 2016-2018. Em Geologia, a Hungria saiu de Rank score 2,5 em 2012, chegando em 9,4 em 2018. Portanto, são três áreas onde o impacto húngaro tem crescido de forma real.

O aumento de impacto em Medicina e Física teve um efeito significativo no impacto científico da Hungria como um todo. Isso porque só Medicina (2.8 mil artigos em 2017) foi responsável por 25% das publicações húngaras em 2017. Física, com 1706 artigos, representou 14,9% das publicações do país em 2017.

1.3. Domínios do saber da Tecnologia e Humanas

Analisamos ainda os domínios das Tecnologias (5 áreas) e das Humanas (4 áreas), assim como a atividade Multidisciplinar. A Hungria apresentou resultados no território de “razoável” para “fraco” (Rank scores entre 4 e 6) em Energia, Administração e área Multidisciplinar. Nas outras áreas, ficou abaixo de 4. Ciências sociais foi o pior resultado do impacto húngaro (Rank score 1,95). Apesar de tudo, a Hungria apresentou Rank scores maiores do que os do Brasil em 9 das 10 áreas analisadas no gráfico a seguir. Em Engenharia Química, deu-se um empate técnico: Brasil em 43º lugar e Hungria em 44º dentre 58 países.

2. Economia versus ciência e tecnologia

Muito importante relacionar a cientometria com a Economia. Nesse sentido, é de conhecimento geral que muitas economias do Centro e Leste Europeu floresceram depois da queda do Muro de Berlim, e a Hungria não é exceção. O PIB húngaro cresceu bastante dos anos 90 para cá, de 92,6 bilhões de dólares em 1996 para 163 bilhões de dólares em 2018 (valores corrigidos para dólares de 2010; vide Apêndice). O mesmo aconteceu com o PIB per capita, que cresceu de 8.980 dólares em 1996 para 16,6 mil em 2018 (em valores de 2010). Se utilizamos o dólar PPP (PPP é a abreviatura em inglês de poder paritário de compra) para calcular o PIB per capita, observamos um aumento de 15,3 mil dólares PPP em 1996 para 28,5 mil dólares PPP em 2018 (em valores de 2011; vide Apêndice).

A melhora do PIB per capita húngaro, entre 1996 e 2018, se deu em paralelo com o aumento do impacto da ciência e tecnologia (C&T) húngara, medido em Rank score. É o que indicam os gráficos abaixo. A correlação de Pearson entre PIB per capita e Rank score resultou num R2 de 0,875, indicando uma correlação forte entre um fenômeno e outro. Ou seja, seria fundamental avaliar como o avanço econômico relaciona-se com a melhora do impacto de C&T. Nesse sentido, nos perguntamos, será que é o avanço de impacto em C&T que influencia a economia ou vice-versa? Em havendo uma relação direta entre uma coisa e outra, podemos nos fazer a pergunta clássica: Ovo ou galinha?

3. Repatriação de pesquisadores húngaros

Outro evento importante em relação à ciência húngara nesse período foi a repatriação de diversos cientistas que se formaram e atuavam em outros regiões como Reino Unido, EUA e Canadá. Devido aos baixos incentivos para a produção científica no país até os anos 90, uma grande parte dos pesquisadores migrou para regiões com maior tradição não só na educação como também em toda a cadeia científica, desde a geração de conhecimento até produtos utilitários, como softwares. É interessante notar que o Rank score da Hungria começou a se diferenciar do Brasil por volta de 2007, período de intensificação da volta dos pesquisadores húngaros para o país. Vale lembrar também que até 2018 o órgão regulador da ciência na Hungria, o MTA (Magyar Tudományos Akadémia), era autônomo. Ou seja, o MTA tinha uma legislação, especialmente para captação de renda, independente do Governo nacional. Assim, o boom científico verificado de 2007 a 2018 foi consequência direta da volta de pesquisadores renomados que trouxeram com eles volumes suntuosos de financiamento através de bolsas e acordos com outros centros de pesquisa renomados.

É interessante notar que descrevemos um fenômeno semelhante de repatriação de cientistas, para a ciência chinesa, gerando resultados muito bons em termos de impacto em C&T da China. Curiosamente, o Brasil está na contramão desse movimento: somos, infelizmente, grandes exportadores de cérebros.

4. Sobre o desenvolvimento econômico da Hungria

A Hungria apresenta uma estreita aderência entre os indicadores de desempenho econômico, medido em termos de renda per capita, e desempenho científico, cuja métrica é a produção científica com impacto. Esses indicadores de prosperidade de uma nação caminham, ou evoluem, juntos, sugerindo uma causalidade direta que não é trivial ser provada, mas que, com muita probabilidade, revelam uma relação causa-efeito. Esta associação já foi observada anteriormente nos clássicos trabalhos de Jacob Schmookler (1917-1967) quando a mudança tecnológica passou a ser vista como inteiramente explicada pelas forças econômicas (Ref. 1).

Resultados tão virtuosos na conjuntura recente da Hungria ensejam a pergunta: como isso se deu? O que teria levado a Hungria, em cerca de 30 anos, a exibir resultados tão favoráveis de produção científica e de desenvolvimento econômico? Cabem, aqui, duas explicações. A primeira delas é no que se refere ao legado, o que era a Hungria em 1989 quando uma revolução pacífica rompe os laços com o sistema planejado do Centro/Leste Europeu, o COMECON (Ref. 2). A segunda delas tem a ver com a paulatina entrada da economia de mercado na Hungria.

Quanto à primeira explicação, a Hungria já demonstrava algumas vantagens em relação aos demais membros do COMECON no Centro/Leste Europeu. Apresentava maior mobilidade social e escolaridade que exerceram alguma influência na formação educacional dos empreendedores contemporâneos. Nos cinco períodos que os historiadores dividem a economia húngara no século XX, (Ref. 3) ocorre um certo nível de desenvolvimento tecnológico, o qual é atribuído ao sistema educacional (Ref. 4). Pesquisa realizada pelo Groningen Growth and Development Centre revelou que a Hungria detinha vantagens em relação à Europa Oriental. A figura abaixo mostra que somente a Alemanha Oriental exibia no último ano da série maior produtividade do trabalho do que a Hungria, dentre os países europeus que eram socialistas em 1950.

A segunda explicação tem a ver com a paulatina entrada da economia de mercado na Hungria. Mesmo antes de 1989, ano no qual a Hungria desligou-se do COMECON, a economia húngara era a mais aberta dentre os países socialistas. Na realidade, houve quatro ondas de reformas econômicas que foram paulatinamente abrindo a economia e fortalecendo laços comerciais com outros países de fora do mercado comum socialista. A primeira, de 1956 a 1957, foi realizada em um grau mínimo e estava mais voltada para garantir atividade privada em pequenos negócios e permitir que na agricultura convivesse a atividade familiar com o estabelecimento coletivista. A segunda, em meados da década de 1960, fazia parte do pacote conhecido como Novo Mecanismo Econômico (NEM), introduzido finalmente 1968, que visava fortalecer a agricultura não coletiva, dando poder às cooperativas para investir na produção de processados de bens primários, na agroindústria de alimentos, oferecendo produtos lácteos, derivados de frutas, de cereais etc. Na sequência, houve a reforma pós-1978, que, em muitos aspectos, excedeu o NEM em sua escala e incluiu potencial de uma mudança radical no modelo de economia socialista. Por fim, a quarta, iniciada na segunda metade da década de 1980, cujo objetivo não era o de reformar a economia socialista do Estado, mas de lançar as bases para o retorno a uma economia de mercado e propriedade privada (Ref.5).

Para entendermos as percepções da sociedade em relação ao consumo e ao socialismo durante a vigência da economia de comando, devemos perceber que na Hungria aspirava-se o status "europeu" de padrões de vida - superior ao oferecido pela economia centralizada socialista. Os mundos materiais ocidentais foram percebidos como propícios a uma forma de vida familiar e pessoal, impossível sob as condições "anormais" do socialismo de Estado. Esta foi a grande força da contínua transformação social, econômica e material do país, mesmo durante o socialismo. Estas percepções levaram a uma demanda diferenciada que oportunizou investimentos na indústria de alimentos, de bens de consumo não duráveis e alguns bens de consumo duráveis, os quais tiveram como protagonistas médios e pequenos empresários, cuja gênese, teria nexo com a formação educacional dos empreendedores contemporâneos (Ref. 4). Este processo levou à constituição de um tecido industrial mais homogêneo, descentralizado (um impulso diferente do previsto por Kiss; Ref. 7), baseado na indústria transnacional. É necessário deixar claro que este tecido industrial, de menor porte e não estratégico para o socialismo, dependeu de competências tanto gerenciais como técnicas, inclusive da rede de centros de pesquisa e desenvolvimento (P&D) que eram comuns nos países socialistas.

Após o colapso do socialismo de Estado na Europa Oriental, os conceitos socialistas de crescimento e desenvolvimento foram substituídos por conceitos análogos próprios às economias de mercado. A internalização dos mesmos não se deu em um passe de mágica, havendo atraso socioeconômico e político decorrentes, em grande medida, da longa e dolorosa recessão após o colapso do socialismo. Quando o crescimento econômico foi retomado, desta vez com sensação de modernidade, ele ocorreu em um ambiente muito favorável e sem resistência social ou política.

O crescimento pós-socialista foi fortemente influenciado por atores que catalisam e regulam sua operação. Os dois grandes atores, as corporações transnacionais (TNCs) e o Estado nacional, têm efeitos variáveis nas localidades. Embora a dependência de capital externo para investimento tenda a ser uma característica geral dos países da semi-periferia econômica, o forte papel do Estado-nação é mais do que seria esperado do paradigma da modernização. Essa é uma característica histórica peculiar da Europa Oriental, onde os vários esforços para modernizar a região sempre vieram de cima, e isso é especialmente verdadeiro para a Hungria. As corporações transnacionais têm grande presença na economia húngara, mais do que em outras partes da região, mas o desenvolvimento, sobretudo o local e regional, não depende somente delas. A elite política local sempre foi parceira das transnacionais porque essas empresas geralmente oferecem emprego e criam uma percepção geral do desenvolvimento.

Embora as transnacionais geralmente não influenciem decisivamente o crescimento local, com sua posição privilegiada, elas podem exercer muita pressão sobre a comunidade por várias vantagens e benefícios. Como resultado, o crescimento econômico na Hungria pós-socialista tem como impulsionadores as TNCs, o Estado nacional e uma classe empresarial que investiu em indústrias e locais específicos. O processo foi favorecido pelos subsídios indiretos generosos, principalmente isenções fiscais locais (Ref. 11). Após as mudanças de 1989, a Hungria atraiu investimentos estrangeiros mais que o resto da Europa Oriental, o que permitiu ao país se beneficiar plenamente da globalização que levaram à uma completa economia de mercado e dissolução do COMECON (Ref. 7).

Os conceitos capitalistas de crescimento e desenvolvimento no pós-socialismo, influenciaram a cultura material, mobiliário doméstico e levaram a transformações surpreendentes na vida privada e no espaço público. Os húngaros que aspiravam ao status de classe média, que viveram a maior parte de suas vidas em apartamentos de um ou dois quartos, sentiam-se orgulhosos com casas familiares recém-construídas e separadas, com amplas salas de estar, cozinhas de alta tecnologia, vários banheiros e salas extras para lavanderia e hobbies - geralmente construídos a um custo muito acima de suas possibilidades. Outros exibiram reformas de seus apartamentos da era socialista recém-privatizados, portas em arco e espaços abertos criados com demolição de paredes, novos azulejos no corredor e no banheiro modernizado e a cobiçada 'cozinha americana' (amerikai konyha), significando uma cozinha aberta para a sala de estar (Ref. 9). Estas aspirações foram percebidas pelos investidores como demanda potencial, o que estava correto.

A explicação do advento de uma economia afluente e dependente do conhecimento na Hungria está baseada: i) no que havia historicamente, educação de qualidade, competências em P&D e aspirações de consumo diferenciado semelhantes aos da Europa Ocidental; ii) nas graduais mudanças econômicas que favoreceram a abertura para uma economia de mercado; iii) na força da globalização que levou investimentos ingentes das TNCs e iv) na capacidade do Estado nacional de conceber políticas adequadas ao conjunto das transformações desejadas.

5. Conclusão

Todos os fatores mencionados acima, juntos, podem explicar, pelo menos em parte o boom do desenvolvimento científico húngaro, aqui observado no período de 1996 a 2018. A Hungria chegou nos últimos anos (2015 a 2018) a patamares de países desenvolvidos em termos de impacto científico. Certamente que a melhora econômica iniciada nos anos 90 favoreceu a comunidade científica, e muito possivelmente o crescimento na qualidade da ciência e tecnologia trouxe benefícios para a sociedade. Essa relação de benefício mútuo está demonstrada na correlação de Pearson mostrada, com R2=0,87!  O Brasil pode tirar muitas lições da Hungria, começando por valorizar a P&D de real qualidade.

Dois outros países do antigo mundo soviético – Estônia e Georgia – também apresentaram correlação entre qualidade da ciência e crescimento econômico. Mostraremos os resultados desses dois países em um próximo artigo. Tudo indica que estamos descobrindo algo de grande importância para os importantes gestores da Economia, da Ciência & Tecnologia e da Educação Superior.

Agradecemos ao Fabiano Borges (analista da CAPES) e ao Lécio Pery Júnior (matemático graduado pela UnB) pela leitura crítica deste artigo.

Observação: Para acessar o script R dos gráficos, incluindo os dados brutos desse artigo, acesse aqui.

REFERÊNCIAS

Ref. 1: BAIARDI, Amilcar. Inovação e Desempenho Econômico: histórico e conceitos. In: Elias Ramos de Souza. (Org.). Políticas Públicas de CT&I e o Estado Brasileiro. 1ed. Salvador: IFBA Fortec, 2019, v. 02, p. 195-234.

Ref. 2: O COMECON foi fundado em 1949, e visava a integração econômica das nações do Leste Europeu. Os países que pertenciam a organização internacional foram a União Soviética, Alemanha Oriental, Tchecoslováquia, Polônia, Bulgária, Hungria e Romênia entre outros. A sigla significava Conselho para Assistência Econômica Mútua, Совет Экономической Взаимопомощи

Ref. 3: Depressão de longa duração (1910 a 1933), o período em torno da Segunda Guerra Mundial (1934 a 1948), os longos dos anos 50 (1949 a 1967), o período da reforma do socialismo (1968 1982) e o declínio do socialismo (1983 a 1989).

Ref. 4: LUIJKX, Ruud., RÓBERT, Péter., GRAAF, Paul, M. D. & GANZEBOOM, Hary, B. G Changes in status attainment in Hungary between 1910 and 1989: Trendless fluctuation or systematic change? European Societies. V.4, n.1, p. 107-140, 2002.

Ref. 5: VAM ARK, Bart. Economic Growth and Labour Productivity. In Europe: Half a Century of East-West Comparisons. Research Memorandum GD-41. Groningen: Growth and Development Centre, 1999.

Ref. 6: ROMSICS, Ignác et al. Economic Reforms in the Kádár Era. The Hungarian Quarterly, n. 187, p. 69-79, 2007.

Ref. 7: KISS, Eva. Foreign direct investment in Hungary: industry and its spatial effects.  Eastern European Economic, vol 45, nº 1, January-February, pp 6-28, 2007.

Ref. 8: KULCSAR, Laszlo J.; DOMOKOS, Támas. The post‐socialist growth machine: the case of Hungary. International journal of urban and regional research, v. 29, n. 3, p. 550-563, 2005.

Ref.9: FEHÉRVÁRY, Krisztina. American kitchens, luxury bathrooms, and the search for a 'normal' life in postsocialist Hungary. Ethnos, v. 67, n. 3, p. 369-400, 2002.

Apêndice: Indicadores econômicos da Hungria, de acordo com o Banco Mundial.

<strong><a href="https://data.worldbank.org/indicator/NY.GDP.MKTP.KD?locations=HU&amp;view=chart">PIB </a></strong>
PIB
<a href="https://data.worldbank.org/indicator/NY.GDP.PCAP.KD?end=2018&amp;locations=HU&amp;start=1995">PIB per capita</a>
PIB per capita
<a href="https://data.worldbank.org/indicator/NY.GDP.MKTP.PP.KD?locations=HU&amp;view=chart">PIB, PPP</a>
PIB, PPP

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