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Como resposta à desigualdade social, os chamados cursinhos alternativos têm se multiplicado em Curitiba. Surgindo aqui e ali, na maioria das vezes pela iniciativa de ONGs, esses empreendimentos apostam na qualidade, no baixo custo e, principalmente, na proximidade das relações humanas.

O empenho dos alunos – muitos trabalham e por isso as aulas geralmente são à noite ou nos fins de semana – é recompensada com atenção redobrada dos mestres, a maioria voluntários.

Numa das regiões mais violentas da capital, na Vila Nossa Senhora da Luz, na Cidade Industrial de Curitiba, a ação dos voluntários traz esperança para 25 jovens que nunca imaginaram fazer faculdade um dia. "É preciso quebrar esse paradigma. Fazer o pessoal acreditar que pode", sentencia Alex Otto, 30, presidente da ONG Instituto Nação da Luz, promotora do cursinho.

André Luís dos Santos, 23, é aluno do curso de História da UFPR e dá aulas como voluntário no cursinho. Segundo ele, o objetivo não é somente aprovar no vestibular, mas também transformar os integrantes em agentes de transformação social. Os estudantes participam de oficinas de teatro, montam grupos de estudo e outras ações bacanas.

As aulas de cidadania também costumam ser uma constante nos cursinhos alternativos. Na Vila das Torres, por exemplo, onde funciona o Cursão da Vila, especialistas dão palestras para os alunos e para a comunidade. Os temas são os mais diversos. De transgênicos a direitos humanos.

Aos poucos, os índices de aprovação dos cursinhos alternativos vão melhorando. De 90 alunos, o pré-vestibular da Acnap aprovou 25 alunos na primeira fase da UFPR em 2005. Outros 20 estudantes passaram na segunda etapa. No curso da Vila Nossa Senhora da Luz, foram dois aprovados num total de dez alunos. É trabalho de formiguinha: devagar e sempre.

Leia mais no Caderno do Estudante da Gazeta do Povo

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