Desativar centros de educação à distância busca qualidade de ensino, diz secretário

A determinação de desativar centros de educação à distância no País serve para fiscalizar esta modalidade de graduação, além de buscar a qualidade do ensino aos alunos, disse Carlos Eduardo Bielschowsky, secretário de Educação à Distância do Ministério da Educação (MEC), nesta quarta-feira (18). A medida atingiu quatro instituições, duas delas no Paraná, a Universidade do Norte do Paraná (Unopar) e a Faculdade Educacional da Lapa (Fael). As outras são: Universidade Estadual de Tocantins (Unitins) e Centro Universitário Leonardo da Vinci (Uniasselvi) em Santa Catarina. Juntas, elas concentram 54,7% dos 760.599 alunos de graduação à distância no Brasil.

De acordo com Bielschowsky, as instituições de ensino à distância receberam a determinação há um mês, pois não atendem a algumas normas do MEC. "Elas ofereciam os cursos de graduação em lugares não autorizados e inadequados. Verificamos que os alunos tinham aulas em salas sem estrutura", disse. O secretário ainda disse que as instituições não possuíam bibliotecas ou computadores aos estudantes, o que prejudicava o aprendizado de conteúdos.

Com a determinação do MEC, as instituições tiveram que suspender vestibulares e reduzir novas vagas em turmas iniciantes. Elas possuem um prazo de um ano para promover melhorias, e caso isso não ocorra, as universidades podem ser descredenciadas.

O MEC ainda informa que os alunos que estão matriculados nestas instituições, e têm feito aulas, não serão prejudicados. "Só impedimos um novo vestibular, porém, estudantes que estão nas instituições não precisam se preocupar. Eles vão continuar tendo aulas normalmente e concluir o curso", disse Bielschowsky.

O secretário afirmou que a situação da Unopar é diferente das outras três instituições. "Quero deixar claro que a Unopar precisa melhorar a grade curricular, os conteúdos necessitam ser mais elaborados". As outras universidades precisam se adequar na questão estrutural, além da curricular.

Outras quatro instituições que possuem ensino à distância vão receber o mesmo pedido de melhorias pelo MEC. São elas: Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), com 75 mil alunos no país, a Universidade Castelo Branco, com 28 mil alunos, a Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC), com 46 mil alunos, e a Cidade de São Paulo, com 9 mil.

A inspeção na qualidade do ensino continua e vai ser estendida a todas as 109 instituições do país que oferecem graduação à distância, informou Bielschowsky.