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Adriana Hiomi faz a prova de olho nos 30% de vagas que a UFPR destina ao SiSU. | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Adriana Hiomi faz a prova de olho nos 30% de vagas que a UFPR destina ao SiSU.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Gazeta do Povo faz correção da prova

Ansioso para descobrir se foi bem?  Não perca logo após o encerramento da prova a correção feita pela Gazeta do Povo em parceria com instituições de ensino da cidade. Professores dos colégios Bom Jesus, Sion, Marista Santa Maria e do curso Dom Bosco resolverão as questões e fazem comentários em vídeo.

  • Paolla Allebrand, e cabelo ruivo, vendendo materiais importantes na prova para quem esqueceu de algo.

A imagem do aluno que leva a apostila até a porta da prova e o clima de tensão dos vestibulares tradicionais cedem lugar a uma relativa diversidade de inscritos quando o assunto é o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Criado inicialmente para avaliar a qualidade dos alunos do 3.º ano de escolas públicas, o exame hoje recebe uma enxurrada de inscritos que estão de olho em uma das vagas do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Só no Paraná, são 406.542 inscritos.

Jessica Franco é uma dessas candidatas. Aos 22 anos, se inscreveu para realizar o sonho de fazer faculdade de História. Tentou o vestibular da Universidade Federal do Paraná (UFPR), mas diz ter achado a prova "tensa". "São dois estilos de prova, e a do Enem é mais ampla, eu me adapto melhor. A da Federal é mais técnica", avalia a garota que este ano se inscreveu em um cursinho, para garantir o bom desempenho, pensando na bolsa do Programa Universidade para Todos (ProUni).

Adriana Hiromi fez a prova de olho em uma vaga na UFPR. Além de tentar o vestibular próprio da instituição, que ocorreu no último domingo (02), ela pretende disputar uma das vagas reservadas aos SiSU, o que corresponde a 30% das vagas da universidade.

Em família

Aos 49 anos, o empresário João Carlos não está encerrando agora o Ensino Médio e nem tem planos de tentar uma vaga na universidade. Fez o Enem mesmo assim. É que sua esposa pretende fazer um curso superior e precisava fazer a prova para tentar uma vaga pelo ProUni. "Fiz a prova para atualizar os conhecimentos e também para estudar junto com ela", conta.

Para se preparar, os dois fizeram simulados da prova na internet e estudaram as apostilas dos filhos vestibulandos. O mais novo também fez o Enem neste ano, e foi ele quem ficou com o carro para passar buscar o pai ali perto, na sede do Instituto Tecnológico Federal do Paraná (IFPR) da Rua João Negrão.

Fraco em vendas

O ímpeto consumidor dos candidatos deste ano frustrou os vendedores ambulantes com quem a reportagem conversou. Com a família inteira dividida entre diferentes locais de prova, Paolla Allebrand colocou sua caixa térmica em frente à Faculdade de Educação Superior do Paraná (Fesp) na esperança de arrecadar os mesmos R$ 500 que conseguiu no ano passado. Quando os portões se fecharam, por volta das 13h de domingo, ela tinha coletado pouco mais de R$ 100.

Josué Gomes Junior passou longe das 800 garrafas de água que vendeu em 2013. "Mas a caneta é uma campeã de vendas", comemora o vigilante, que vendia esferográficas pretas por R$ 2 cada.

Problemas

Atrasada sete minutos para fazer a prova no Colégio Estadual do Paraná (CEP), uma candidata chegou a pular o muro da escola no sábado (8), para tentar comover algum dos fiscais de prova. Não deu certo: antes de chegar ao portão interno da instituição, foi retirada de lá por um segurança. Grávida de dois meses, ela contou te saído às 11 horas do Pinheirinho, mas atrasou por esperar um ônibus que estivesse vazio.

No domingo (9), um estudante que também saiu de casa às 11h, vindo de Araucária, chegou a tempo à Fesp, no Centro de Curitiba. Mas por ter esquecido de levar documento oficial com foto, foi barrado.Devido à barreira policial na Vila das Torres, no Prado Velho, que bloqueia parcialmente as ruas Chile e Guabirotuba nas proximidades da comunidade, o trânsito ficou mais intenso na região, no horário de chegada dos candidatos na PUC. A rua Imaculada Conceição funcionou em meia pista na proximidade da universidade.

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