Na foto, Mateus Pizzatto e Paulo Guilherme Giffhorn, com o professor Fernando Dimas Souza (ao centro)| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Com o frio congelante do inverno é difícil não esperar a água esquentar para entrar no chuveiro. O costume, compreensível, dói no bolso na hora de pagar a conta de água e fere a consciência de quem sabe dos custos sociais do seu desperdício. Para resolver esse dilema, estudantes de ensino médio em Curitiba criaram um sistema elétrico-eletrônico, com sensores, para que a água aquecida a gás saia apenas quando estiver quente.

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O dispositivo, não viável ainda economicamente, foi apresentado esse ano na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia organizada pela USP. A ideia de criar um aparelho assim surgiu no ano passado, quando várias regiões do Brasil amargaram longos períodos de seca. “Fiz uma experiência em casa deixando a água do chuveiro escorrer em um balde até a água esquentar. Enquanto não esquentava, consegui reunir 5 litros de água; avaliei que o desperdício seria maior em locais com uma tubulação mais extensa”, conta o estudante Paulo Guilherme Araújo dos Santos Giffhorn, do ensino médio do Colégio Positivo.

Depois de uma pesquisa e a inspiração em um sistema parecido criado em uma universidade paulista, ainda não comercializado, ele e o colega Mateus Pizzatto Fagundes, com a ajuda do professor Fernando Dimas Souza, fizeram um protótipo. Enquanto a água não atinge a temperatura pré-estabelecida pelo usuário, medida por meio de um sensor, uma válvula se mantém fechada e o líquido é desviado para outro recipiente.

O próximo passo, explica o professor Fernando, é instalar o sistema em um banheiro real e avaliar sua viabilidade. Os alunos já estão em contato com professores universitários que se dispuseram a acompanhar a pesquisa.