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Enquanto a maioria dos universitários curte o fim das férias, há quem esteja trabalhando desde o fim do ano passado. A duas semanas do carnaval, os barracões das escolas de samba fervem de estudantes que transformaram a paixão pela folia em profissão. Salgueiro de coração, Paulo Vitor dos Santos, de 23 anos, sonha ser carnavalesco, e trabalha como aderecista na Arranco do Engenho de Dentro, além de colaborar com a Vermelho e Branco de Cabo Frio. Paulo trocou o curso de Moda pelo de Design de Carnaval na Veiga de Almeida:

- Estou tendo uma formação bem mais específica do que tinha em Moda.

Criada há um ano, a graduação tecnológica de Design de Carnaval oferece formação para quem quer trabalhar com tudo o que é relacionado à confecção de alegorias e figurinos.

- Não queremos formar carnavalescos, mas sim mão-de-obra especializada para trabalhar nos barracões, que são cheios de autodidatas - afirma Madson Oliveira, coordenador do curso da Veiga de Almeida.

Campeã seis vezes pela Imperatriz Leopoldinense, a carnavalesca Rosa Magalhães trabalha atualmente com dois ex-alunos da Escola de Belas Artes (EBA) da UFRJ e defende o estudo constante.

- Quando fiz o meu primeiro figurino, ainda no Salgueiro, vi que o assunto era mais complexo do que pensava e fui estudar. Quanto mais a pessoa domina determinado setor, mais segurança ela tem no trabalho - afirma.

Apesar de tanta empolgação, a Estácio de Sá anunciou, semana passada, o fim de seu curso tecnológico na área de carnaval. A razão: poucos alunos interessados. Já o ensino técnico vai numa direção diferente. A Escola de Artes Técnicas Luís Carlos Ripper, ligada à Faetec, inaugurou este ano uma nova unidade em Duque de Caxias e traz cursos como maquiagem e caracterização e outro voltado para fantasias.

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